Covid-19: Hospital de Évora volta a receber doentes após normalização do afluxo nos serviços
De acordo com a última actualização do hospital, estão internados 63 doentes com covid-19, oito deles na unidade de cuidados intensivos e “a situação será reavaliada em função das necessidades”.
O Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE) voltou esta segunda-feira a receber doentes com o vírus da covid-19 e suspeitos da infecção, depois de o afluxo aos serviços ter normalizado nas últimas horas, informou a unidade hospitalar.
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O Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE) voltou esta segunda-feira a receber doentes com o vírus da covid-19 e suspeitos da infecção, depois de o afluxo aos serviços ter normalizado nas últimas horas, informou a unidade hospitalar.
“Já foi dada a indicação para o Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) voltar a encaminhar os doentes covid ou suspeitos covid para o HESE”, indicou o hospital de Évora, em comunicado enviado à agência Lusa.
A unidade hospitalar alentejana explicou que deu esta indicação ao CODU porque “o afluxo de doentes na Área Dedicada aos Doentes Respiratórios do Serviço de Urgência Geral (ADR SU) normalizou nas últimas horas”.
Segundo o comunicado do Gabinete de Comunicação e Marketing do HESE, encontram-se agora internados na unidade hospitalar 63 doentes com covid-19, dos quais oito na unidade de cuidados intensivos (UCI). “A situação será reavaliada em função das necessidades”, acrescentou.
No domingo, num comunicado enviado à Lusa, o HESE informou que, “devido ao extraordinário aumento de afluxo de doentes” na ADR do seu Serviço de Urgência Geral, os doentes com covid-19 ou suspeitos de infecção pelos vírus que provoca a doença não deviam ser encaminhados para aquela unidade.
De acordo com o HESE, a informação sobre a situação com a indicação de que aqueles doentes e utentes suspeitos de infecção não deviam ser encaminhados para aquela unidade já tinha sido enviada no sábado, por volta das 20h30, para o CODU.
O HESE explicou então que esta medida estava “a ser reavaliada a cada 12 horas” e que afectava apenas os doentes com covid-19 e suspeitos de infecção pelo vírus que provoca a doença enviados pelo CODU. No sábado à noite, estavam internados no HESE “69 doentes com covid-19”, estando “oito” em UCI, “o maior número registado” desde o início da pandemia.
“A enfermaria covid-3 iniciou o funcionamento em 23 de Dezembro com 20 camas e já está lotada e o espaço da enfermaria covid-1 foi alargado, passando a utilizar o espaço das instalações da futura Unidade de Cuidados Intensivos, num total de 10 camas, que se encontra quase lotada”, acrescentou o HESE.
Provedor da Misericórdia de Évora acusa autoridades de falta de apoio
O provedor da Misericórdia de Évora, onde existe um surto de covid-19 num lar, já com 24 infectados, criticou esta quinta-feira as autoridades por ainda não terem evacuado o espaço, que “não é um hospital”. De acordo com Francisco Lopes Figueira, o processo de evacuação do Lar Nossa Senhora da Visitação “chegou a merecer a concordância das diversas autoridades” e “os utentes infectados já deviam ter sido transferidos”, mas “passaram seis dias desde que o surto foi identificado e nada”.
Segundo o responsável, “a autoridade de Saúde, a Câmara e a Comissão Municipal de Protecção Civil de Évora e a Segurança Social” têm dado “apoios simbólicos” e têm sido “muito cordiais”, mas “não tiveram nenhuma acção com impacto nos utentes”. “A Misericórdia não é um hospital, aquele lar não é um hospital. O edifício não tem condições para este fim, tem sim condições para ser um lar ao estilo de uma habitação, mas não para dar resposta a uma doença infecto-contagiosa e gerir um número de infectados desta dimensão”, frisou.
Portugal contabiliza pelo menos 7.186 mortos associados à covid-19 em 431.623 casos confirmados de infecção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).
O estado de emergência decretado em 9 de Novembro para combater a pandemia foi renovado até 7 de Janeiro, com recolher obrigatório entre as 23h e as 5h nos concelhos do território do continente de contágio mais elevado.