Covid-19: Madeira vai testar alunos, professores e funcionários das escolas

Universo de 52 mil pessoas vai ser submetido a testes rápidos de antigénio para garantir uma reabertura mais segura das escolas no segundo período lectivo.

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Escola durante época de exames Rui Gaudêncio/Arquivo

A Madeira vai testar à covid-19 toda a população escolar no arranque do segundo período lectivo, anunciou esta quinta-feira o presidente do governo regional, Miguel Albuquerque, durante uma conferência de imprensa que se seguiu ao início da vacinação contra o novo coronavírus no arquipélago.

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A Madeira vai testar à covid-19 toda a população escolar no arranque do segundo período lectivo, anunciou esta quinta-feira o presidente do governo regional, Miguel Albuquerque, durante uma conferência de imprensa que se seguiu ao início da vacinação contra o novo coronavírus no arquipélago.

A região autónoma, explicou, tem um stock de 100 mil testes antigénio, e vai utilizar parte para testar as cerca de 52 mil pessoas que compõem o universo escolar da Madeira: 42 mil alunos, seis mil professores e quatro mil funcionários não docentes.

Vamos fazê-lo no sentido de garantir mais segurança a todos”, disse Albuquerque, sem se comprometer com um calendário definido para os testes. “Vão ser feitos de forma progressiva”, adiantou, considerando que não se justifica estar com “grandes ansiedades” com a abertura dos estabelecimentos de ensino, que acontece na próxima segunda-feira. “As escolas têm um sistema organizado – aliás, como se viu durante estes meses – que permite detectar, controlar e monitorizar os casos de infecção”, argumentou, admitindo que, com a reabertura das escolas, é expectável que o número de casos aumente.

“É provável que aconteça um aumento de casos, mas conseguimos controlar melhor este universo populacional”, afirmou, depois de revelar que o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) pediu a todos os laboratórios nacionais amostras de casos testados de pessoas que tenham passado pelo Reino Unido nos últimos dias.

“O INSA mandou este ofício a todos os laboratórios”, disse, mostrando o documento aos jornalistas que queriam saber quem tinha razão: se as autoridades regionais de saúde, que divulgaram esta semana que um dos casos de infecção pela estirpe do Reino Unido detectados na Madeira era proveniente da região de Lisboa e Vale do Tejo, se o Instituto Ricardo Jorge, que não reconhecia esse caso. “Se esta nova variante do vírus está em toda a Europa, acho muito estranho que não esteja no continente”, afirmou Albuquerque.

Esta semana, a Direcção Regional de Saúde da Madeira confirmou a existência de 18 casos de infecção associados à nova estirpe do vírus SARS-CoV-2, que foi identificada primeiro no Reino Unido, precisando que esses casos se referem a turistas, emigrantes e um cidadão continental.

Desde o início da pandemia, a Madeira tem um total de 1687 infecções (números de quarta-feira), 610 dos quais activos, e um acumulado de 14 óbitos associados à covid-19.