Turismo volta a afundar-se em Novembro com queda de 76,3% nos hóspedes
Estimativa rápida do INE mostra que este foi o quarto pior mês do ano (depois de Abril, Maio e Junho), e a maior queda desde Agosto.
Sem pequenas estadias e grandes eventos, por causa da pandemia de covid-19, o turismo voltou a afundar-se em Novembro. Nesse mês, houve uma queda de 76,3% no número de hóspedes em termos homólogos (passando para 415,7 mil), acompanhada por uma descida de 76,7% nas dormidas (para 950,5 mil), de acordo com os dados da estimativa rápida da actividade turística divulgados esta quarta-feira.
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Sem pequenas estadias e grandes eventos, por causa da pandemia de covid-19, o turismo voltou a afundar-se em Novembro. Nesse mês, houve uma queda de 76,3% no número de hóspedes em termos homólogos (passando para 415,7 mil), acompanhada por uma descida de 76,7% nas dormidas (para 950,5 mil), de acordo com os dados da estimativa rápida da actividade turística divulgados esta quarta-feira.
Novembro assistiu a um aumento da evolução da pandemia de covid-19 em vários países, o que provocou novas medidas para restringir a circulação. No caso de Portugal, foi declarado a dia 9 desse mês o terceiro estado de emergência.
O maior agravamento ocorreu no turismo de residentes, que passou de uma descida homóloga de 21,7% em termos de dormidas em Outubro para uma quebra de 58,6% em Novembro. Já as de não residentes recuaram 85,2%, contra a descida de 76,4% no mês anterior, com todos os principais países a registarem quedas expressivas (desde os -95,3% dos EUA e os -91,4% do Brasil aos -84,9% do Reino Unido e os -84,1% de Espanha).
O Alentejo voltou a ser a região com menos impactos negativos mas, mesmo assim, sofreu uma contracção de 55,2% nas dormidas (de nacionais e estrangeiros). No topo das quedas ficou Lisboa, com -83,7%. Depois ficou o Algarve (-775), seguindo-se o Norte/Porto (-76%), a Madeira (-75,4%), o Centro (-69,7%) e os Açores (-61,4%).
De acordo com os dados do INE, este foi o quarto pior mês do ano (depois de Abril, Maio e Junho), e a maior queda desde Agosto. Uma das reacções do sector tem sido o encerramento de unidades, aproveitando ainda apoios como o layoff simplificado e o apoio à retoma progressiva. Em Novembro, segundo o INE, 46,4% dos estabelecimentos de alojamento turístico terão estado encerrados ou não registaram movimento de hóspedes.