O futuro dos escritórios é híbrido

A Gensler, empresa especializada em desenhar escritórios, realizou este ano pesquisas em vários países com resultados muito similares: num mundo ideal, mais de 50% dos colaboradores preferiam passar pelo menos um a dois dias por semana a trabalhar a partir de casa.

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Laura Davidson/Unsplash

A pandemia de 2020 trouxe uma nova realidade ao mundo dos escritórios que é impossível de ignorar. Embora forçados a ficar em casa, o recurso à tecnologia permitiu que o trabalho não parasse e muitas empresas ficaram surpreendidas com a capacidade de adaptação e rendimento dos seus colaboradores.

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A pandemia de 2020 trouxe uma nova realidade ao mundo dos escritórios que é impossível de ignorar. Embora forçados a ficar em casa, o recurso à tecnologia permitiu que o trabalho não parasse e muitas empresas ficaram surpreendidas com a capacidade de adaptação e rendimento dos seus colaboradores.

Quer isto dizer que o fim dos escritórios está perto? Não acredito que seja esse o caminho, mas sem duvida será necessária uma nova abordagem. As pessoas continuam a precisar de espaços físicos para se conectarem, relacionar, colaborar e desenvolver as suas carreiras. A Gensler, empresa especializada em desenhos de escritórios, realizou este ano pesquisas em vários países com resultados muito similares: num mundo ideal, mais de 50% dos colaboradores preferiam passar pelo menos um a dois dias por semana a trabalhar a partir de casa. E menos de 20% consideram ideal trabalhar apenas a partir de casa. 

Nestes meses aprendemos que trabalhar de casa pode ser muito produtivo para actividades de foco, reduzindo também o tempo de deslocação. As gerações mais jovens esperam flexibilidade para poder integrar a sua vida social com o trabalho, como passar mais tempo com filhos ou animais de estimação. A presença no escritório tem acima de tudo uma relevância social e de colaboração e as empresas têm que se adaptar a esta necessidade híbrida.

Cinco dicas para o novo escritório híbrido: 

  1. Redefinir a necessidade de postos de trabalho permanentes e criar zonas de hot seat (atribuídas por períodos de tempo mais reduzidos) com menor capacidade. 
  2. Reduzir escritórios privados e cubículos de trabalho permanente que possam ser substituídos por teletrabalho. 
  3. Quebrar zonas de open space grandes com áreas colaborativas: salas de colaboração, copas, nichos de sofás. Estas áreas podem ganhar espaço com a redução de postos permanentes e espaços privados. 
  4. Alterar as salas de reunião, passando de espaços de videoconferência para trabalho colaborativo. Por exemplo, acomodar, durante uma manhã, a única vez na semana que a equipa tem todos os elementos presencialmente, para planeamento, feedback ou geração de ideias.
  5. Criar espaços pequenos de foco, como cabines individuais para trabalho de curta duração, necessário no escritório.