Boko Haram atacou aldeia cristã na véspera de Natal e matou 11 pessoas
Jihadistas incendiaram o hospital e a igreja e raptaram o padre. Pemi fica a 20 km de Chibok, onde o Boko Haram raptou 200 raparigas de uma escola em 2014.
O grupo jihadista nigeriano Boko Haram atacou uma aldeia povoada na sua maioria por cristãos na véspera de Natal, matando pelo menos 11 pessoas. O balanço oficial de vítimas na aldeia de Pemi, no Nordeste da Nigéria, foi aumentado esta sexta-feira por fontes locais, citadas pela AFP. Pemi fica apenas a 20 km de Chibok, onde os jihadistas raptaram 200 raparigas de uma escola em 2014.
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O grupo jihadista nigeriano Boko Haram atacou uma aldeia povoada na sua maioria por cristãos na véspera de Natal, matando pelo menos 11 pessoas. O balanço oficial de vítimas na aldeia de Pemi, no Nordeste da Nigéria, foi aumentado esta sexta-feira por fontes locais, citadas pela AFP. Pemi fica apenas a 20 km de Chibok, onde os jihadistas raptaram 200 raparigas de uma escola em 2014.
Os jihadistas irromperam com motas e camiões pelo lugarejo, situado não muito longe da fronteira com os Camarões, disparando indiscriminadamente. De acordo com o relato da agência francesa, durante o ataque os jihadistas saquearam e depois incendiaram o hospital, tendo raptado o padre e deitado fogo à igreja.
“Os terroristas mataram sete pessoas, queimaram dez casas e saquearam depósitos de alimentos que deveriam ser distribuídos para comemorar o Natal”, afirmou o líder da milícia local, Abwaku Kabu, na quinta-feira. Número que seria actualizado esta sexta-feira para 11 mortos.
“Mais quatro corpos foram encontrados por voluntários nos matagais próximos”, acrescentou o líder comunitário Ayuba Alamson. “O número de mortos é agora de 11 pessoas”, concluiu.
O número de vítimas mortais pode ainda aumentar, uma vez que os moradores fugiram para o mato durante o ataque e alguns continuam desaparecidos.
De acordo com o líder da milícia local, os agressores vieram da floresta Sambisa, conhecido refúgio dos ‘jihadistas’.
Em várias zonas da Nigéria, as comunidades tiveram que formar milícias armadas de autodefesa que trabalham junto com os militares.