Jorge Jesus recusa mind games e provocações: “Já não penso como há dez anos”

Benfica e FC Porto disputam a Supertaça nesta quarta-feira. O jogo está marcado para as 20h45, em Aveiro.

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Jorge Jesus, treinador do Benfica LUSA/MARIO CRUZ

Jorge Jesus, treinador do Benfica, garantiu que já não vê os mind games e as provocações como algo importante na antevisão dos jogos. E explicou o raciocínio nesta terça-feira, na antevisão do jogo da Supertaça frente ao FC Porto (quarta-feira, 20h45, RTP), em Aveiro, avançando que não vai escolher Otamendi como capitão para provocar o FC Porto, ex-clube do central.

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Jorge Jesus, treinador do Benfica, garantiu que já não vê os mind games e as provocações como algo importante na antevisão dos jogos. E explicou o raciocínio nesta terça-feira, na antevisão do jogo da Supertaça frente ao FC Porto (quarta-feira, 20h45, RTP), em Aveiro, avançando que não vai escolher Otamendi como capitão para provocar o FC Porto, ex-clube do central.

“Nunca farei isso como provocação ao FC Porto. Nos anos de treinador, fui aprendendo muita coisa. Uma delas é que o mais importante é respeitar os adversários e não os provocar. Tenho de provocar no jogo, no bom sentido. Já não penso como pensava há dez anos. Voltei para Portugal com a ideia de mudar a forma como olhamos para o futebol. Temos de andar em frente e não pensar que se ganha jogos com pressões e influências. Quem for melhor dentro do campo ganha”, explicou.

Sobre a ausência de Pizzi, infectado com covid-19, o técnico avançou que lida com naturalidade. “Eu lido melhor do que lidam os jogadores, porque venho do Brasil habituado a ter oito, nove ou dez jogadores com covid. As equipas de futebol são privilegiadas, porque vivem numa bolha em que de três em três dias são testados. Eu vim de um país em que o plantel foi feito na perspectiva do covid. Hoje, não podemos ter 20 jogadores, temos de ter 26 ou 28. Foi isso que fizemos também no Benfica”.

Acerca do que espera do adversário, Jesus foi claro: não espera novidades. “O FC Porto deve jogar com Marega, Corona e Diaz com muita mobilidade, mais a chegada do Otávio. Não há nada para esconder. Nem eu ao Sérgio Conceição nem ele a mim”.

O técnico fez questão ainda de recusar oferecer soundbytes à imprensa, explicando que, por ser experiente, já não entra nesses jogos de comunicação. “Eu sei que gostavam que eu dissesse que vamos ganhar ao FC Porto e vamos cilindrá-losNo ano passado, o Benfica jogou três vezes com o FC Porto e perdeu as três. Eu tenho de respeitar os meus adversários, sejam eles quem forem. Tenho muito respeito pelo adversário. Se me perguntar se estou confiante, digo que estou completamente. Cem por cento. Não vou dizer que vou ganhar ao FC Porto para oferecer à imprensa o discurso que vende. Tenho outra ideia do futebol agora”.