Muitos saudaram a vitória de Joe Biden como o regresso da “América normal”. Uma coisa é ter um “Presidente normal”, outra é a “antiga normalidade”. De facto, abre-se um novo campo de batalha. Sabemos que Trump foi “um sintoma e não a causa” e que muitas das razões do surto populista se mantêm. Ele soube interpretar as frustrações de meia América. Mas poderá estar em curso uma revisão de fundo na cena política. Em 2016, havia condições para a “rebelião trumpista” mas não havia um movimento. Foi o aparecimento de um líder carismático e a sua vitória eleitoral que permitiram estruturar o movimento que hoje está a tentar devorar um dos dois grandes partidos americanos, o Grand Old Party (GOP ou Partido Republicano). Durante o seu mandato, Trump acentuou a “tribalização” política, que só a ele beneficia. A isto se somam o medo e a devastação derivados da pandemia. Apesar das muitas continuidades, a América de 2021 já não será a de 2016-2019.
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Muitos saudaram a vitória de Joe Biden como o regresso da “América normal”. Uma coisa é ter um “Presidente normal”, outra é a “antiga normalidade”. De facto, abre-se um novo campo de batalha. Sabemos que Trump foi “um sintoma e não a causa” e que muitas das razões do surto populista se mantêm. Ele soube interpretar as frustrações de meia América. Mas poderá estar em curso uma revisão de fundo na cena política. Em 2016, havia condições para a “rebelião trumpista” mas não havia um movimento. Foi o aparecimento de um líder carismático e a sua vitória eleitoral que permitiram estruturar o movimento que hoje está a tentar devorar um dos dois grandes partidos americanos, o Grand Old Party (GOP ou Partido Republicano). Durante o seu mandato, Trump acentuou a “tribalização” política, que só a ele beneficia. A isto se somam o medo e a devastação derivados da pandemia. Apesar das muitas continuidades, a América de 2021 já não será a de 2016-2019.