“O país não pode prescindir do escrutínio ao Novo Banco”
Miguel Maya, presidente do BCP, um dos bancos que mais contribui para o Fundo de Resolução, fala de um “mal-estar na sociedade portuguesa” em torno do Novo Banco e acredita que terá consequências políticas.
Em 2015 e 2016, a venda do Novo Banco foi anunciada por via de um concurso público e foi anunciado que todo o processo de venda seria transparente. Em 2017, o Novo Banco foi vendido por ajuste directo e até hoje o Banco de Portugal e o Governo não divulgaram os termos da venda do Novo Banco ao Lone Star. Assim é difícil fazer o escrutínio que defende que tem que ser feito sobre as grandes decisões?
E isso não tem consequências políticas? Não nota o mal-estar na sociedade portuguesa? Acha que na sociedade portuguesa as pessoas aceitaram perfeitamente a situação? Que não estão exigentes? As coisas têm que evoluir e é essa exigência que eu reclamo, é esse escrutínio, é o não ter receio de marcar posição, de exigir o que é correcto.
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Em 2015 e 2016, a venda do Novo Banco foi anunciada por via de um concurso público e foi anunciado que todo o processo de venda seria transparente. Em 2017, o Novo Banco foi vendido por ajuste directo e até hoje o Banco de Portugal e o Governo não divulgaram os termos da venda do Novo Banco ao Lone Star. Assim é difícil fazer o escrutínio que defende que tem que ser feito sobre as grandes decisões?
E isso não tem consequências políticas? Não nota o mal-estar na sociedade portuguesa? Acha que na sociedade portuguesa as pessoas aceitaram perfeitamente a situação? Que não estão exigentes? As coisas têm que evoluir e é essa exigência que eu reclamo, é esse escrutínio, é o não ter receio de marcar posição, de exigir o que é correcto.