Presidenciais: Marisa Matias promete não desistir a favor de Ana Gomes

Candidata formalizou a sua candidatura a Belém junto do Tribunal Constitucional, em Lisboa.

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Marisa Matias acompanhada pelo mandatário nacional da campanha, Tiago Rodrigues, e pela deputada Beatriz Gomes Dias LUSA/JOSÉ SENA GOULÃO

A candidata presidencial apoiada pelo BE, Marisa Matias, prometeu esta sexta-feira manter-se na corrida até ao final, rejeitando a hipótese de vir a desistir em favor de outra mulher de esquerda, a diplomata e ex-eurodeputada socialista Ana Gomes.

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A candidata presidencial apoiada pelo BE, Marisa Matias, prometeu esta sexta-feira manter-se na corrida até ao final, rejeitando a hipótese de vir a desistir em favor de outra mulher de esquerda, a diplomata e ex-eurodeputada socialista Ana Gomes.

“Os eleitores conhecem-me há vários anos e sabem perfeitamente que desistir não faz parte da minha trajectória”, afirmou, após formalizar a candidatura junto do Tribunal Constitucional, em Lisboa, com um total de 12.204 assinaturas de cidadãos eleitores.

Confrontada com o facto de Ana Gomes surgir destacada nas sondagens, no segundo lugar, a eurodeputada bloquista e socióloga, de 44 anos, afirmou que “nunca pediria isso à Ana Gomes (desistir em seu favor)”.

“É preciso haver candidaturas que representem projectos e alternativas para o país. Estamos a falar de uma primeira volta e da necessidade de todos serem representados”, continuou a dirigente do BE, natural de Coimbra.

Nas últimas presidenciais, em 2016, Marisa Matias ficou em terceiro lugar, com 10% dos votos, tornando-se a mulher mais apoiada de sempre em eleições presidenciais em Portugal, atrás do actual chefe de Estado e recandidato, Marcelo Rebelo de Sousa, e do universitário Sampaio da Nóvoa.

“Esta é a candidatura que, com força, afirma a defesa do Serviço Nacional de Saúde e dos outros serviços públicos, que combate a precariedade e luta pela igualdade, além daquilo que tem de ser um programa do país de combate às alterações climáticas, em todas as dimensões.

 A candidata presidencial reiterou a sua intenção de, caso seja eleita, não empossar qualquer Governo que dependa do partido da extrema-direita parlamentar Chega por considerar que o mesmo não respeita as regras constitucionais e democráticas.

As eleições para a Presidência da República estão marcadas para o dia 24 de Janeiro.