Em Lisboa e no Porto, o comércio de Natal está entre o desespero e algum ânimo

Comerciantes das duas cidades registam quebras acima dos 50%. Se no Porto nem a quadra festiva está a ajudar a minimizar os estragos causados pela crise pandémica, em Lisboa há quem não considere o ano perdido. Resistem os livros, o bacalhau e o bolo rei.

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Fátima Silva vai fazendo e desfazendo montras. “Como não há clientes, eu visto os bonecos, dispo os bonecos.” Fátima trabalha naquela loja de pronto-a-vestir da Rua Saraiva de Carvalho, na freguesia lisboeta de Campo de Ourique, há 26 anos. E não se recorda de passar os dias assim, sozinha ao balcão da loja, numa época como o Natal em que o entra e sai das lojas marcava o ritmo dos dias.