Desempregados inscritos no IEFP abaixo dos 400 mil em Novembro

Depois de nos últimos seis meses ter ficado acima dos 400 mil, o desemprego recuou para 398.287 inscritos em Novembro. Evolução face a 2019 continua negativa e novas inscrições ainda sobem.

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No Algarve, o número de desempregados inscritos nos centros de emprego continuou a aumentar em Novembro Rui Gaudêncio

O número de desempregados inscritos nos centros de emprego no final de Novembro recuou para 398.287, depois de nos últimos seis meses este indicador ter ficado sistematicamente acima dos 400 mil. Apesar das melhorias, quando se compara a situação actual com o ano passado, as novas inscrições aumentaram 2% e o total de desempregados subiu 30,2%, com o Algarve a destacar-se pela negativa.

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O número de desempregados inscritos nos centros de emprego no final de Novembro recuou para 398.287, depois de nos últimos seis meses este indicador ter ficado sistematicamente acima dos 400 mil. Apesar das melhorias, quando se compara a situação actual com o ano passado, as novas inscrições aumentaram 2% e o total de desempregados subiu 30,2%, com o Algarve a destacar-se pela negativa.

Os dados divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) apontam para uma recuperação do mercado de trabalho face a Outubro, com as novas inscrições a recuarem 5,9% e o número total de desempregados a reduzir-se em 1,3%.

A crise provocada pela pandemia e o confinamento fizeram com que, entre Maio e Outubro, o total de desempregados registados pelo IEFP estivesse sempre acima dos 400 mil, algo que já não acontecia desde Fevereiro de 2018 (quando estavam inscritas quase 405 mil pessoas). Em Novembro, este número recuou para os 398.287 pessoas, muito à custa da diminuição da inscrição de mulheres, com o ensino secundário e superior, com mais de 25 anos e registados há menos de um ano.

Já na comparação com Novembro de 2019, os dados ainda apontam para um aumento significativo, de 30,2%, do total de pessoas que se inscreveram nos centros do IEFP, mas ainda assim uma desaceleração face ao aumento homólogo registado anteriormente e que ultrapassava os 34%.

“Para o aumento do desemprego registado, face ao mês homólogo de 2019, contribuíram todos os grupos, com destaque para as mulheres, adultos com idade igual ou superior a 25 anos, os inscritos há menos de um ano, os que procuravam novo emprego e os que possuem como habilitação escolar o secundário”, lê-se no boletim do IEFP.

Quando se olha para as várias regiões do país, verifica-se que o aumento mais pronunciado do desemprego se registou no Algarve, onde as inscrições aumentaram 67,6% – ainda assim uma evolução menos negativa do que a registada em Outubro, quando o número de inscritos nesta região disparou 134% em relação ao período homólogo. Todas as outras regiões tiveram aumentos, com excepção dos Açores, que teve um recuo de 0,5%.

Ofertas de emprego e colocações recuam

As novas inscrições, que dão uma ideia mais próxima do que se está a passar no mercado de trabalho, também apresentam uma melhoria. Ao longo do mês de Novembro, destaca o IEFP, inscreveram-se nos serviços de emprego de todo o país 51.965 desempregados. “Este número é superior ao observado no mesmo mês de 2019 (2%) e inferior em relação ao mês anterior (-5,9%)”, lê-se no boletim estatístico divulgado agora.

Já as ofertas de emprego recebidas ao longo deste mês totalizaram 8412, menos 6,7% do que no mês homólogo e menos 26,6% do que em Outubro. As actividades económicas com maior expressão nas ofertas de emprego recebidas ao longo deste mês (dados do Continente) foram as actividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio, o comércio e a área da administração pública, educação, actividades de saúde e apoio social.

As colocações realizadas durante o mês de Novembro chegaram aos 6373, número também inferior ao verificado em igual período de 2019 (-0,9%) e a Outubro (-8,6%). As profissões mais representativas foram as dos trabalhadores não qualificados, dos serviços pessoais, de segurança e vendedores e as dos trabalhadores qualificados da indústria, construção e artífices.