Mais de 1400 militares em forças destacadas para 2021
Acção das Forças Armadas em 2020, foi marcada pela luta contra a covid e incluiu uma operação de envergadura na prevenção dos incêndios florestais.
No próximo ano, os efectivos militares envolvidos nas chamadas Forças Nacionais Destacadas (FND) ultrapassarão os 1400, anunciou esta quarta-feira, no Parlamento, o ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho. Segundo o governante, serão 1435 os militares envolvidos nestas missões no estrangeiro, no âmbito de operações da ONU e da União Europeia, em diversos cenários: Afeganistão, Mali, República Centro-Africana e Iraque.
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No próximo ano, os efectivos militares envolvidos nas chamadas Forças Nacionais Destacadas (FND) ultrapassarão os 1400, anunciou esta quarta-feira, no Parlamento, o ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho. Segundo o governante, serão 1435 os militares envolvidos nestas missões no estrangeiro, no âmbito de operações da ONU e da União Europeia, em diversos cenários: Afeganistão, Mali, República Centro-Africana e Iraque.
Na última audição regimental do ano, Gomes Cravinho admitiu uma redução da FND no Afeganistão, na sequência da diminuição consecutiva da presença internacional. O ministro referiu que tal evolução dependerá do que vier a decidir a nova administração norte-americana de Joe Biden.
No tradicional balanço da actividade das Forças Armadas em 2020, muito marcada pela luta contra a pandemia de covid-19, João Gomes Cravinho destacou a campanha de prevenção dos fogos florestais. “Falou-se muito pouco disto porque tudo correu bem, mas ao fazer o balanço deste ano devo recordar que tivemos cerca de 7350 militares empenhados em acções de patrulhamento florestal, sobretudo do Exército, mas com o contributo também da Marinha. Ao todo percorreram cerca de 700 mil quilómetros nas acções de patrulhamento nos meses de Verão”, declarou.
O ministro lamentou ter-se falado um pouco mais da edificação de uma capacidade nova - de drones - através da qual começámos a dotar o país de meios inovadores para a vigilância dos nossos espaços rurais. “Nem tudo correu na perfeição”, reconheceu, mas sublinhando a sua “satisfação com o trabalho desenvolvido pela Força Aérea a este respeito”, pois “aquilo que se fez em 2020 deixa o país em muito melhores condições para os próximos anos”.
Sobre o plano de vacinação contra a covid, o titular da Defesa Nacional destacou que as Forças Armadas são um parceiro e estão presentes na task force criada para o efeito, mas sem adiantar pormenores do futuro imediato. “A Defesa Nacional esteve desde a primeira hora envolvida no grupo de trabalho que desenhou o plano de vacinação e continuará empenhada nos processos subsequentes, nomeadamente ao nível do sistema de informação e gestão necessário para a execução da componente operacional do plano logístico”, confirmou. O ministro lembrou ainda “a cooperação de longa data entre o sistema de saúde militar e o Serviço Nacional de Saúde, que tem permitido, de forma ágil, disponibilizar camas para doentes covid-19 no Hospital das Forças Armadas, em Lisboa e no Porto, e no reabilitado Centro de Apoio Militar de Belém (309 doentes, 55 internados actualmente)”.