Jeanne Balibar no teatro “preciso e selvagem” de Frank Castorf

A actriz francesa é protagonista da primeira apresentação do histórico encenador alemão em Portugal. Bajazet, Considerando o Teatro e a Peste, um diálogo entre Racine e Artaud, está quinta e sexta-feira no Teatro Nacional São João, no Porto; em Março será a vez de Lisboa.

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Em Bajazet, Considerando o Teatro e a Peste, Jeanne Balibar, actual companheira de Frank Castorf, volta a ser protagonista de uma encenação sua MATHILDA OLMI

Da primeira vez que a actriz francesa Jeanne Balibar trabalhou com o encenador alemão Frank Castorf, histórico director da Volksbühne, sala que comandou entre 1992 e 2017, “estava terrivelmente assustada”. A forte ligação da actriz à cena artística berlinense aproximou os dois (hoje são um casal) e levou a que Castorf a escolhesse, em 2012, para a sua Dama das Camélias. Balibar não se terá espantado com a peça selvagem que o alemão pôs de pé, fazendo da sua personagem, Marguerite Gautier, “um ícone trash”, como então descrevia a revista Les Inrockuptibles. Mas estava menos preparada para o método de trabalho do encenador, que se rodeia dos vários materiais que quer trabalhar e inventa o espectáculo diante dos actores, em cada ensaio.

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Da primeira vez que a actriz francesa Jeanne Balibar trabalhou com o encenador alemão Frank Castorf, histórico director da Volksbühne, sala que comandou entre 1992 e 2017, “estava terrivelmente assustada”. A forte ligação da actriz à cena artística berlinense aproximou os dois (hoje são um casal) e levou a que Castorf a escolhesse, em 2012, para a sua Dama das Camélias. Balibar não se terá espantado com a peça selvagem que o alemão pôs de pé, fazendo da sua personagem, Marguerite Gautier, “um ícone trash”, como então descrevia a revista Les Inrockuptibles. Mas estava menos preparada para o método de trabalho do encenador, que se rodeia dos vários materiais que quer trabalhar e inventa o espectáculo diante dos actores, em cada ensaio.