Enfermeiros precários ultrapassados por colegas contratados no âmbito da pandemia

Sindicato dos Enfermeiros Portugueses diz que há 230 enfermeiros nesta situação só na região do Porto e cerca de uma centena no Minho.

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Manuel Roberto

Centenas de enfermeiros precários que trabalham em regime de substituição queixam-se de estar a ser ultrapassados por colegas com menos experiência que, no âmbito de contratos feitos durante a pandemia, entram nos quadros das unidades de saúde, adianta o Jornal de Notícias. Os enfermeiros com contratos de substituição correm o risco de ir para o desemprego quando chegam os colegas que estão a substituir, enquanto alguns daqueles que entraram durante a pandemia e que trabalham há oito meses no Serviço Nacional de Saúde ficam com contratos sem termo.

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Centenas de enfermeiros precários que trabalham em regime de substituição queixam-se de estar a ser ultrapassados por colegas com menos experiência que, no âmbito de contratos feitos durante a pandemia, entram nos quadros das unidades de saúde, adianta o Jornal de Notícias. Os enfermeiros com contratos de substituição correm o risco de ir para o desemprego quando chegam os colegas que estão a substituir, enquanto alguns daqueles que entraram durante a pandemia e que trabalham há oito meses no Serviço Nacional de Saúde ficam com contratos sem termo.

O Ministério da Saúde não adianta dados mas, segundo o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), há 230 enfermeiros nesta situação só na região do Porto e cerca de uma centena no Minho.

O SEP avisa ainda que a contratação de 912 enfermeiros anunciada pelo Governo em Outubro não chegará para todos, uma vez que “só na região de Braga, Viana do Castelo e do Porto foram admitidos 1200 enfermeiros com ‘contrato covid’”.

No âmbito destes contratos, “o Governo determina que os profissionais que, a 31 de Dezembro, tiverem oito meses de contrato passarão a tempo indeterminado, caso haja vaga nas instituições”. Mas o SEP diz que apenas 167 enfermeiros cumprem estes requisitos.