“Isto não acaba para o ano. 2021 vai ser o ‘ano zero’”

Fernando Ferraz e Sousa, de 61 anos, médico de Medicina Interna no Hospital Distrital da Figueira da Foz, é responsável por uma enfermaria dedicada a doentes com covid-19. E esteve ele próprio internado nos cuidados intensivos, ventilado. Testemunho na primeira pessoa.

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"Como cidadão, acho que 2021 vai ser o ano de bater no fundo. A parte económica vai ser danada" Sérgio Azenha

Sou médico no Hospital da Figueira da Foz há 37 ou 38 anos. Fui o primeiro médico a ver doentes com covid-19 internados aqui no hospital porque sou director do serviço de Especialidades Médicas, onde estão doentes de Medicina Interna e de Pneumologia. Sou responsável pela enfermaria que foi adaptada para os receber. No dia em que chegaram, logo nessa tarde, comecei a ter sintomas: muita tosse, depois febre. Como tive sintomas logo no primeiro dia, tenho praticamente a certeza de que não houve tempo para aqueles doentes me terem infectado. A 18 de Março já estava em casa, de baixa.

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Sou médico no Hospital da Figueira da Foz há 37 ou 38 anos. Fui o primeiro médico a ver doentes com covid-19 internados aqui no hospital porque sou director do serviço de Especialidades Médicas, onde estão doentes de Medicina Interna e de Pneumologia. Sou responsável pela enfermaria que foi adaptada para os receber. No dia em que chegaram, logo nessa tarde, comecei a ter sintomas: muita tosse, depois febre. Como tive sintomas logo no primeiro dia, tenho praticamente a certeza de que não houve tempo para aqueles doentes me terem infectado. A 18 de Março já estava em casa, de baixa.