Covid-19: Suécia com novo recorde diário de casos. Cuidados intensivos com 148 camas disponíveis

Responsável sanitário em Estocolmo fez apelo na quarta-feira, dizendo que cuidados intensivos tinham esgotado capacidade.

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Suécia registou LUSA/Johan Nilsson

A Suécia, país onde as estratégias pouco ortodoxas para controlar a pandemia receberam atenção internacional, registou um novo recorde de casos de covid-19 esta quinta-feira, apesar de ser dito que ainda existe capacidade nas unidades de cuidados intensivos.

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A Suécia, país onde as estratégias pouco ortodoxas para controlar a pandemia receberam atenção internacional, registou um novo recorde de casos de covid-19 esta quinta-feira, apesar de ser dito que ainda existe capacidade nas unidades de cuidados intensivos.

A região de Estocolmo, entre as mais atingidas, apelou esta quarta-feira ao Conselho de Saúde Nacional que enviasse mais pessoal de hospital, visto que as infecções de covid-19 teriam preenchido as unidades de cuidados intensivos na capital. 

A Suécia, que não optou pelo tipo de confinamento adoptado pela maioria dos países europeus, registou 7935 novos casos de covid-19 na quinta-feira, mostraram as estatísticas das autoridades de saúde, um aumento face ao último máximo de 7240 casos, registado a 20 de Novembro. 

A Suécia ainda tem 148 camas por ocupar nas unidades de cuidados intensivos, correspondente a 22% da capacidade total, afirmou Irene Nilsson-Carlsson, consultora de saúde pública no Conselho de Saúde Nacional. 

“Não é uma crise aguda”, afirmou numa conferência de imprensa, acrescentando que metade dos internamentos nestas unidades está relacionada com o novo coronavírus. 

A Suécia registou 58 mortes esta quinta-feira, elevando o total de óbitos provocados pelo vírus para 7354. A taxa de mortalidade per capita é bastante superior à dos vizinhos Nórdicos, mas mais baixa em comparação com alguns países europeus de maior dimensão. 

Numa tentativa de amenizar uma segunda onda dura, o Governo aumentou as recomendações para ajuntamentos públicos, enquanto as escolas secundárias mudaram para ensino à distância até ao final do período.