Fim da seca meteorológica no Baixo Alentejo e Algarve
Na região do Minho e Douro Litoral apareceu seca fraca. Em fim de Novembro, só 4,1% de Portugal estava em seca fraca, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera.
Portugal continental registou no final de Novembro o fim da seca meteorológica no Baixo Alentejo e Algarve, mas verificou-se o aparecimento da classe de seca fraca na região do Minho e Douro, segundo o IPMA.
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Portugal continental registou no final de Novembro o fim da seca meteorológica no Baixo Alentejo e Algarve, mas verificou-se o aparecimento da classe de seca fraca na região do Minho e Douro, segundo o IPMA.
No final de Novembro, 62,3% do território estava em situação de chuva fraca, 33,6% em normal e 4,1% em seca fraca, segundo o último boletim climatológico do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Os dados indicam que no final de Novembro terminou a situação de seca meteorológica que ainda existia no Baixo Alentejo e Algarve e na região do Minho e Douro Litoral verificou-se o aparecimento da classe de seca fraca (corresponde apenas a 4% do território), devido aos baixos valores de precipitação que ocorreram nessa região, muito inferiores ao normal.
Segundo o boletim, verificou-se em Novembro um aumento generalizado em todo o território dos valores de percentagem de água no solo, com uma recuperação significativa na região Sul, em particular no sotavento Algarvio.
O instituto classifica em nove classes o índice meteorológico de seca, que varia entre “chuva extrema” e “seca extrema”. De acordo com o IPMA, existem quatro tipos de seca: meteorológica, agrícola, hidrológica e socioeconómica.
A seca meteorológica está directamente ligada ao défice de precipitação, quando ocorre precipitação abaixo do que é normal. Além do índice de seca, o Boletim Climatológico disponível hoje no “site” do IPMA, indica que o mês de Novembro classificou-se como muito quente em relação à temperatura do ar e normal em relação à precipitação.
De acordo com o boletim, o mês de Novembro foi o 2.º mais quente desde 2000 e o 10.º mais quente desde 1931 (mais quente foi em 1981). O valor médio da temperatura média (13,68 graus Celsius) foi superior (1,31 graus) em relação ao normal. Quanto ao valor médio da temperatura mínima (9,47 graus) foi superior ao normal, sendo o 12.º mais alto desde 1931 e o 3.º desde 2000.
Já o valor médio da temperatura máxima (17,88 graus) foi superior ao normal, sendo o 12.Nº valor mais alto desde 1931 e o 6.º desde 2000. O menor valor da temperatura (-1,6 graus) foi registado em Carrazeda de Ansiães (Bragança) no dia 22 e o maior valor (28,3 graus) em Alcobaça (Leiria) no dia 19 de ovembro.
Quanto à precipitação, o valor médio da quantidade de precipitação em Novembro, 109,4 milímetros, foi igual ao valor normal 1971-2000.
De destacar a precipitação forte que ocorreu na região Sul nos dias 25, 26 e 30 e que originou inundações nos distritos de Beja e Faro. Foram ultrapassados os maiores valores diários de precipitação nas estações meteorológicas de Covilhã, distrito de Castelo Branco (82,7 a 09 de Novembro) e Alcoutim, em Faro (33,4 no dia 05).
O maior valor mensal da quantidade de precipitação em Novembro foi registado na estação meteorológica de Covilhã (290,6 milímetros), e o menor valor na de Lavradio, distrito de Setúbal, (49,5).