Modar-te: Catarina quer um “núcleo criativo” do têxtil em Amarante

Para pôr Amarante a olhar para a arte e o design do têxtil de outra forma, Catarina Noronha quer abrir um núcleo criativo na cidade onde nasceu. O Modar-te tem uma campanha de crowdfunding até 22 de Dezembro.

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Catarina Noronha quer mudar o olhar sobre a moda e criar memórias colectivas. Para isso, a jovem pensou o Modar-te, um núcleo criativo que visa contribuir para uma cidade com um olhar mais aberto para a arte e o design. O projecto pretende criar em Amarante, de onde Catarina é natural, um estúdio de coworking, eventos e oficinas e workshops para todas as idades. O “conceito de estúdio para o mundo digital” através do canal de YouTube vai ser outra das inovações do projecto. Em Fevereiro de 2021 serão lançadas entrevistas e um diário gráfico de quem utiliza o espaço de coworking, que será disponibilizado a partir de Janeiro, e onde haverá oficinas e workshops relacionados com o têxtil. Para tal, a jovem lançou uma campanha de crowdfunding.

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Catarina Noronha quer mudar o olhar sobre a moda e criar memórias colectivas. Para isso, a jovem pensou o Modar-te, um núcleo criativo que visa contribuir para uma cidade com um olhar mais aberto para a arte e o design. O projecto pretende criar em Amarante, de onde Catarina é natural, um estúdio de coworking, eventos e oficinas e workshops para todas as idades. O “conceito de estúdio para o mundo digital” através do canal de YouTube vai ser outra das inovações do projecto. Em Fevereiro de 2021 serão lançadas entrevistas e um diário gráfico de quem utiliza o espaço de coworking, que será disponibilizado a partir de Janeiro, e onde haverá oficinas e workshops relacionados com o têxtil. Para tal, a jovem lançou uma campanha de crowdfunding.

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Catarina Noronha www.93creative.pt

Sem esquecer as artes mais antigas, o Modar-te pretende ainda “pegar em técnicas ancestrais de artesanato e revitalizá-las através de um design mais contemporâneo, no qual as gerações mais novas se identifiquem”. Há já vários workshops programados por pessoas mais velhas com conhecimentos em artesanato e direccionados aos mais jovens, ainda que sem limite de idade.

A educação é um dos quatro conceitos pelo qual o projecto se rege. Catarina, de 28 anos, inspirou-se numa experiência do Serviço de Voluntariado Europeu na República Checa, onde trabalhou com crianças na criação de uma colecção de moda conceptual, tendo depois originado um desfile. A promoção do têxtil “enquanto forma de expressão artística” é outro dos conceitos que o projecto pretende abordar, através da venda das peças criadas, do canal no YouTube e de eventos e exposições. A ilustração, o design e respectivo re-design e o up-cycling - a reutilização de objectos que parecem inúteis e a sua transformação criativa - são, também, pilares do projecto.

Catarina Noronha estudou Ciências no ensino secundário e começou a estudar Genética e Biotecnologia na faculdade, mas cedo se apercebeu de que aquilo que queria mesmo fazer a nível profissional era trabalhar na área das artes. Acabou a estudar Design e Marketing de Moda na Universidade do Minho e no fim da licenciatura promoveu desfiles e um evento criativo de moda em Amarante, que durou 12 horas e, mais tarde, se tornou o projecto com o mesmo nome para o qual lançou uma campanha de crowfunding.

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Apaixonada pela sua cidade, Catarina quer continuar a viver pelas margens do Tâmega. Não tendo muita oferta de trabalho na área de moda e design, decidiu abrir o próprio espaço. Para tal, tem a decorrer uma campanha de crowdfunding na plataforma PPL: as contribuições podem começar nos cinco euros e ir até aos 1000, recompensados com um busto de gesso. A campanha está online até 22 de Dezembro.

Texto editado por Ana Maria Henriques