“Kikas” está de volta à elite do surf
Depois de a época de 2020 ter sido cancelada devido à pandemia, o circuito mundial de surf está de volta no Havai com a presença de Frederico Morais. Etapa em Peniche ainda sem data.
O regresso de Frederico Morais à elite do surf mundial deveria ter acontecido no final de Março, no Corona Open Gold Coast, na Austrália, onde estava previsto realizar-se a primeira etapa da World Surf League (WSL) 2020. No entanto, será em Pipeline, a meca da modalidade, que “Kikas” vai voltar a competir na mais importante competição mundial de surf.
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O regresso de Frederico Morais à elite do surf mundial deveria ter acontecido no final de Março, no Corona Open Gold Coast, na Austrália, onde estava previsto realizar-se a primeira etapa da World Surf League (WSL) 2020. No entanto, será em Pipeline, a meca da modalidade, que “Kikas” vai voltar a competir na mais importante competição mundial de surf.
Após ter vencido em 2019 o WQS, o circuito de qualificação para a WSL, o surfista de Cascais começa nesta terça-feira a disputar no Havai o Billabong Pipe Masters e, no heat 4 da primeira ronda da etapa inicial do WSL 2021, Frederico Morais vai defrontar o sul-africano Jordy Smith e o italiano Leo Fioravanti.
Um ano depois de receber a última etapa do WSL 2019, a ilha de Oahu, no Havai, vai ser o palco do regresso dos melhores surfistas mundiais à competição. Forçada a cancelar a edição de 2020 devido à pandemia, a WSL alterou a ordem tradicional das provas para 2021 e o Billabong Pipe Masters, que habitualmente encerra a competição, será o primeiro de 11 eventos já agendados.
A reorganização do calendário, pensada para reduzir as viagens intercontinentais em tempos de pandemia, acabou por afectar directamente Portugal. Entre 18 e 28 de Fevereiro, Peniche deveria receber o Meo Pro Portugal, mas, para já, a passagem dos melhores sufistas mundiais por Supertubos está suspensa. No entanto, a WSL manteve a etapa de Peniche e a Quiksilver Pro G-Land (Indonésia) no calendário, embora ainda sem datas definidas.
Formato diferente para encontrar campeão
As mudanças na competição não se ficam, porém, pelo reagendamento das etapas. Depois de a WSL regressar no final de Agosto a Teahupo, no Taiti - as icónicas e exigentes ondas na ilha da Polinésia estavam fora do circuito desde 2006 -, a decisão sobre quem será o campeão mundial 2021 será decidida num formato diferente.
Em Setembro, os cinco primeiros classificados do ranking masculino e feminino vão defrontar-se em Lower Trestles, na Califórnia, num tudo ou nada: quem vencer na praia no Sul de San Clemente, garante o título.
Para assegurarem um lugar na praia californiana os surfistas terão, no entanto, que somar o máximo de pontos possíveis no circuito e a luta pela presença no WSL Finals começa já nesta terça-feira, em Oahu.
Após um ano sem competição internacional – disputou a Liga Meo Surf onde garantiu pela terceira vez o título nacional -, Frederico Morais diz que a expectativa neste regresso ao WSL “é óptima”: “Tenho sempre de acreditar no melhor.”
Antes de viajar para o Havai, o surfista de Cascais afirmou em declarações à agência Lusa que aproveitou “o Outono para treinar a técnica do tubo”, onde se sente “cada vez mais à vontade”, esperando “conseguir mostrar isso nos heats, em Pipeline.”
Embora admita que começar a competição na costa Norte de Oahu “é diferente”, “Kikas” afirma que “sabe bem começar em grande” e ter pela frente aquela que é considerada uma das mais perigosas ondas do planeta. “É uma onda super desafiadora, a meca do surf internacional, e vai saber muito bem regressar à água e ao circuito mundial.”
Nas exigentes ondas de Pipeline, “Kikas” vai competir no heat 4 e começa por defrontar na primeira ronda o sul-africano Jordy Smith, um dos candidatos ao título mundial, e ainda o italiano Leo Fioravanti. Os dois primeiros avançam directamente para os 16 avos-de-final, enquanto o terceiro terá de disputar uma repescagem.
O primeiro heat, no qual vão competir Kanoa Igarashi, Conner Coffin e Connor O´Leary tem início agendado para as 17h30 (hora portuguesa) e Gabriel Medina, vice-campeão em 2019, vai regressar às ondas onde perdeu o título para Italo Ferreira na bateria 5: vai ter pela frente o compatriota Jadson André e um dos dois surfistas que vai receber um wildcard. O brasileiro considera que começar em Pipeline vai tirar pressão à prova: “Estou habituado a decidir o título no Havai. Este ano acho que vai ser menos tenso.”
No heat seguinte vão estar o actual campeão (Italo Ferreira), o campeão de 2015 (Adriano de Souza) e o segundo detentor de um wildcard. Kelly Slater, que tem 11 títulos mundiais no currículo, vai competir pelas melhores ondas frente com o brasileiro Caio Ibelli e o australiano Ethan Ewing.