A depressão Dora faz chuva e neve, mas o tempo melhora no final de sábado

A Protecção Civil registou 300 ocorrências relacionadas com a queda de árvores, de estruturas e limpezas de via.

As condições meteorológicas adversas devido à passagem da depressão Dora devem manter-se por mais 24 horas, confirmou o novo comandante da Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil (ANEPC), André Fernandes, que tomou posse esta sexta-feira.

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As condições meteorológicas adversas devido à passagem da depressão Dora devem manter-se por mais 24 horas, confirmou o novo comandante da Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil (ANEPC), André Fernandes, que tomou posse esta sexta-feira.

“Mantemo-nos em estreita articulação com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), mas prevê-se que esta situação demorará mais 24 horas, com desagravamento no final do dia de amanhã [sábado]”, afirmou André Fernandes, assinalando a “relativa calma” do ponto de situação sobre os efeitos da depressão Dora em Portugal continental.

Em declarações aos jornalistas após a cerimónia, na qual esteve presente a secretária de Estado da Administração Interna, Patrícia Gaspar, o dirigente recém-empossado circunscreveu um impacto significativo do mau tempo a algumas regiões, com especial enfoque no Norte e nas terras altas.

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Entre esta sexta-feira e a madrugada de domingo, a tempestade Dora vai continuar no país. A Protecção Civil decretou um “estado de alerta especial” do dispositivo nacional.

Hélio Carvalho

“Apenas algumas regiões do Norte, nomeadamente as regiões de Peneda-Gerês, Estrela e o distrito de Viseu, têm alguma neve e a afectação normal neste tipo de situações. Há alguma queda de árvores, mas, do ponto de vista geral, estamos a acompanhar a situação e não há nada digno de registo”, sintetizou.

Segundo as informações da Protecção Civil, entre as 0h e as 18h desta sexta-feira, registaram-se 300 ocorrências relacionadas com a queda de árvores, de estruturas e limpezas de via.

Em declarações à agência Lusa, Carlos Pereira, comandante da ANEPC, avançou que Lisboa é o distrito mais afectado, “com 59 ocorrências” e “seguidamente Leiria com 31” ocorrências registadas, “derivado ao vento que se faz sentir”.

O distrito de Coimbra teve, até às 18h, 28 ocorrências, enquanto o distrito de Setúbal registou 26 situações, também devido ao vento. Já nos distritos de Vila Real e Viseu houve cerca de 20 ocorrências a registar em cada um, “derivado à queda de neve”, referiu Carlos Pereira.

O comandante notou também que as estradas de acesso ao maciço central da Serra da Estrela continuam encerradas devido à queda de neve.

O IPMA colocou sob aviso vermelho, o mais grave de uma escala de quatro, os distritos de Lisboa e Leiria devido à previsão de agitação marítima forte na sequência dos efeitos da depressão Dora em Portugal continental. Por causa da agitação marítima forte, o IPMA colocou também a costa dos distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Aveiro, Coimbra, Setúbal, Beja e Faro, o Norte da Madeira e Porto Santo sob aviso laranja até às 0h de domingo.

Foi também emitido um aviso amarelo para os distritos de Braga, Vila Real, Viana do Castelo, Porto, Bragança, Viseu, Guarda, Castelo Branco devido à queda de neve acima de 1.400/1.600 metros, descendo gradualmente a cota para 700/900 metros, até às 06:00 de domingo.

Sob aviso amarelo (menos grave) estão ainda os distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Aveiro, Vila Real, Bragança, Viseu, Guarda e Castelo Branco devido à previsão de vento forte de noroeste, com rajadas até 95 quilómetros por hora nas terras altas até às 6h de sábado.