“Que meios vai haver para a supervisão dos fundos europeus?”

Susana Coroado compreende os receios dos frugais. A lei da contratação pública continua a representar um risco para o esbanjamento de fundos europeus, considera a presidente da TIAC.

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Susana Coroado, presidente da Transparência e Integridade Rui Gaudêncio

No início do seu mandato, revelou-nos o receio de que se estivesse a preparar um assalto aos fundos europeus. Uma das causas desse temor era a proposta de lei da contratação pública do Governo. Os seus receios diminuíram com a versão final da lei?
Não, há muita coisa que não foi alterada. Continuamos a privilegiar o ajuste directo, continua a haver listas fechadas de empresas para consulta prévia, com todos os riscos de conluio, corrupção, tráfico de influência. Há também a possibilidade de haver ajustes directos sem consulta ao mercado, o que em vésperas de eleições pode resultar em financiamento político encapotado. No essencial, mantiveram-se os riscos.

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No início do seu mandato, revelou-nos o receio de que se estivesse a preparar um assalto aos fundos europeus. Uma das causas desse temor era a proposta de lei da contratação pública do Governo. Os seus receios diminuíram com a versão final da lei?
Não, há muita coisa que não foi alterada. Continuamos a privilegiar o ajuste directo, continua a haver listas fechadas de empresas para consulta prévia, com todos os riscos de conluio, corrupção, tráfico de influência. Há também a possibilidade de haver ajustes directos sem consulta ao mercado, o que em vésperas de eleições pode resultar em financiamento político encapotado. No essencial, mantiveram-se os riscos.