Transporte fluvial foi o que teve menor redução de passageiros no Verão
Dados do terceiro trimestre do INE mostram que as piores quedas no transporte de passageiros foi na aviação, seguindo-se os metropolitanos e os comboios.
Entre aviação, metropolitano, ferrovia e transporte fluvial, foi este último o que menos perdeu passageiros durante o terceiro trimestre, devido à pandemia de covid-19. De acordo com os dados divulgados esta quarta-feira pelo INE, o transporte por via fluvial diminuiu 36,8% face a idêntico período do ano passado (uma clara melhoria face à queda de 72,4% do segundo trimestre), tendo sido utilizado por 4,5 milhões de passageiros.
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Entre aviação, metropolitano, ferrovia e transporte fluvial, foi este último o que menos perdeu passageiros durante o terceiro trimestre, devido à pandemia de covid-19. De acordo com os dados divulgados esta quarta-feira pelo INE, o transporte por via fluvial diminuiu 36,8% face a idêntico período do ano passado (uma clara melhoria face à queda de 72,4% do segundo trimestre), tendo sido utilizado por 4,5 milhões de passageiros.
Aqui, o destaque vai para Lisboa, com 2,8 milhões de passageiros transportados no rio Tejo, e para a ligação Terreiro do Paço – Barreiro, que teve a menor queda, com uma redução de 32,8% (no caso de Cais do Sodré – Cacilhas, este teve uma redução de 48,5%).
No caso da ferrovia, a descida de passageiros foi de 40,3% (uma queda de 70,5% no segundo trimestre), chegando aos 27,6 milhões de passageiros. A esmagadora maioria dos passageiros, 25,2 milhões, utilizou as linhas suburbanas.
Com todos os transportes públicos a exigirem o uso de máscara e a limitarem a lotação a 2/3, ao mesmo tempo que há esforço para manter a oferta, a utilização do metropolitano caiu 51,3%, tendo sido utilizado por 31,6 milhões de passageiros. O metropolitano de Lisboa foi o que teve a pior performance, ao cair 55,7% (para 19,4 milhões de passageiros), seguindo-se o do Porto, com um decréscimo de 44,8% (9,4 milhões) e o metro Sul do Tejo com uma descida de 29,4% (2,7 milhões de passageiros).
Já os aeroportos viram o número de passageiros cair 71,5% entre Julho e Setembro (um recuo de 97,4% no trimestre anterior), não indo além dos 5,4 milhões de passageiros. Em termos de voos comerciais, a descida foi de 52,9%. A queda foi mais expressiva em Lisboa do que no Porto, com quedas de 76,9% e de 64,2%, respectivamente.
Numa análise à origem dos passageiros, o INE destaca que a França lidera a tabela, seguindo-se o Reino Unido, o que corresponde “a uma inversão de posições face ao trimestre homólogo”. A 22 de Agosto, o Reino Unido colocou Portugal na lista de destinos seguros (sem obrigatoriedade de quarentena), mas a medida foi logo revogada a 12 de Setembro.
Houve, no entanto, notícias mais positivas no transporte de mercadorias, com o INE a dar nota de uma recuperação, mesmo se residual, de 0,2% no trimestre em análise, “correspondendo a um total de 20,7 milhões de toneladas de mercadorias movimentadas”. No trimestre anterior, a descida tinha sido de 22,6%. O impulso entre Julho e Setembro foi dado pelo porto de Sines, com um aumento de 20,9%, transportando 10,4 milhões de toneladas de mercadorias.