Este ano o jantar de Natal vem do Médio Oriente [evento suspenso]
Actualização: O restaurante Mezze planeava entregar ceias de Natal, mas foi obrigado a fechar temporariamente as portas.
E se a ceia de Natal tiver sabor de Médio Oriente? É essa a proposta do Mezze, o restaurante lisboeta que nasceu para ajudar à integração de refugiados vindos da Síria e de outros países da região através da comida. O menu de Natal, tradicional na Síria e no Líbano e disponível a partir do início de Dezembro (70€ para 4 pessoas, 95€ para 6), centra-se em redor não de um peru mas de um frango – o dijaj mahshi – que é recheado com arroz, borrego, frutos secos e especiarias várias. Vem ainda com o delicioso arroz fumado, o kabseh, que acompanha algumas das outras refeições do Mezze.
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E se a ceia de Natal tiver sabor de Médio Oriente? É essa a proposta do Mezze, o restaurante lisboeta que nasceu para ajudar à integração de refugiados vindos da Síria e de outros países da região através da comida. O menu de Natal, tradicional na Síria e no Líbano e disponível a partir do início de Dezembro (70€ para 4 pessoas, 95€ para 6), centra-se em redor não de um peru mas de um frango – o dijaj mahshi – que é recheado com arroz, borrego, frutos secos e especiarias várias. Vem ainda com o delicioso arroz fumado, o kabseh, que acompanha algumas das outras refeições do Mezze.
Mas, sendo Natal, espera-se mesa cheia, e é isso mesmo que aqui se propõe: além do frango, o menu inclui bolas de labneh (iogurte seco envolvido em especiarias) com tostas de pão árabe, o incontornável hummus (pasta de grão com tahini), babaganoush (puré de beringela assada), as delicadas yalanji (folhas de videira recheadas com arroz e de sabor levemente avinagrado), o bibbeh nayyah (bolinho de bulgur com tomate, pasta de pimento vermelho e xarope de romã, um petisco tradicional da cidade síria de Alepo e que vale muito a pena provar).
Para a sobremesa, pode-se optar entre uma das recentes entradas para a carta do Mezze, a mousse de chocolate e café árabe, que é acompanhada por uma bolacha de sésamo); a tradicional baklava (folhado de pistácio); ou o halawt el-jibn que é um doce de queijo com água de flor de laranjeira e calda de açúcar).
Mas o Mezze traz mais novidades, entre as quais dois menus inteiramente novos (os menus do restaurante estão organizados em mezze, os tradicionais pequenos pratinhos). O primeiro inclui beringela recheada com carne picada, tomate e pinhões, arroz branco com aletria, tabbouleh (salada de salsa picada, bulgur e tomate), hummus e khubz, o pão sírio.
O segundo traz para o Mezze sabores de outro país, Marrocos, pelas mãos de Malika, que vem à mesa explicar-nos como faz o delicioso kuskus (é assim que vem no menu, onde existe a preocupação de usar a transcrição mais próxima do árabe, mas corresponde ao que habitualmente identificamos como couscous ou cuscuz).
Desengane-se quem pensa que “basta juntar água” quente. O processo descrito por Malika é demorado, tem várias etapas, e, garante a cozinheira, resulta numa sêmola de trigo fácil de digerir (é muito importante não comer o couscous mal cozinhado, sublinha) – e, acrescentamos nós, com um sabor e uma leveza que fazem, de facto, a diferença (a utilização do leite dá-lhe uma delicada e muito subtil cremosidade).
O mezze marroquino traz ainda o dijaj walhamid que é um muito saboroso frango com limão de conserva artesanal e azeitonas verdes, uma pasta de beringela assada com tomate e especiarias (zaalouk), uma salada de rúcula com tomate, cebola e sumaq (salatat jarjeer) e o pão marroquino.
Há ainda, entre as novidades, para além de duas tajines, uma vegetariana e outra de frango, outros pratos soltos, como a couve-flor frita com coentros, limão, especiarias e pinhões, acompanhada por arroz fumado (mnazalet zahra) ou a conserva caseira de beringelas bebé recheadas com nozes e pimentão (makdous). Tudo para comer no restaurante (que agora tem também mesas no espaço do interior do mercado de Arroios) ou para levar em take-away ou pedir para entrega em casa.