Um nulo que rende milhões
“Dragões” garantiram o segundo lugar do grupo C, para além do prémio monetário de 9,5 milhões de euros pelo apuramento para os oitavos-de-final da Champions.
O FC Porto garantiu, esta terça-feira, com um nulo na recepção ao Manchester City, o ponto de que precisava para selar o apuramento para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões. Frente ao líder do Grupo C, a equipa portuguesa resistiu ao maior assédio dos ingleses e deixou o Olympiacos, que defronta na última jornada, em Atenas, sem possibilidades de discutir o segundo lugar.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
O FC Porto garantiu, esta terça-feira, com um nulo na recepção ao Manchester City, o ponto de que precisava para selar o apuramento para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões. Frente ao líder do Grupo C, a equipa portuguesa resistiu ao maior assédio dos ingleses e deixou o Olympiacos, que defronta na última jornada, em Atenas, sem possibilidades de discutir o segundo lugar.
O Manchester City deu descanso a sete unidades de entrada, em relação ao “onze” que iniciou o último jogo, o da goleada ao Burnley (5-0). Com o trio de portugueses em campo, a equipa de Pep Guardiola não acusou minimamente as ausências de De Bruyne e companhia, aproveitando a “timidez” portista para se instalar, sem hesitações, no meio-campo defensivo dos “dragões”.
A jogar em dois tabuleiros, sempre à espera de notícias de Marselha, Sérgio Conceição aceitou os termos de um adversário mais poderoso, optando por uma defesa de cinco elementos, em que Diogo Leite era a novidade entre a dupla de centrais Mbemba e Sarr. De fora ficava Luis Díaz, autor do golo “azul e branco” em Manchester, num sinal claro de que, antes do primeiro lugar do grupo, estava o acesso aos oitavos-de-final e os correspondentes 9,5 milhões de euros de prémio.
Um sistema que levou tempo para descortinar a gama de movimentações dos ingleses, que obrigavam os homens da casa a suportarem uma pressão constante nos dez minutos iniciais. Aos poucos, Marega e Corona insinuavam-se no ataque e Ederson era solicitado numa acção de Otávio, com quem chocou na área, num lance no limite do penálti que o árbitro holandês desprezou. Momentaneamente, o City baixava a guarda e deixava Guardiola apreensivo no banco, com Ederson a ganhar protagonismo e a voar sobre Sarr numa saída que reflectia a desconcentração inglesa.
O FC Porto mostrava as garras, mas o Manchester voltava a pegar no jogo e a instalar-se no ataque para desenhar um par de situações de grande apuro para a baliza de Marchesín. No processo, Fernandinho escapava a uma expulsão, por agressão a Corona, numa cotovelada que o VAR deixou passar em claro.
O intervalo chegava com um nulo que ia servindo o objectivo primordial do FC Porto, que nessa altura via a margem de manobra reduzida com a vantagem do Olympiacos, em França.
A segunda parte não trouxe alterações perceptíveis, mantendo-se o jogo de intenções, mas com o FC Porto a arriscar um pouco mais e a conseguir o primeiro remate enquadrado, por Sérgio Oliveira.
A relação de forças conhecia uma fase de maior equilíbrio, com o Manchester City a alargar a malha e o adversário a aproveitar para expor algumas fragilidades dos ingleses. Sérgio Conceição tinha novos motivos para desconfiar das decisões de uma arbitragem que tudo permitia a Fernandinho, que depois de um pisão a Marega acabou por ser castigado pelo maliano, numa entrada duríssima.
The partial view '~/Views/Layouts/Amp2020/NOTICIA_POSITIVONEGATIVO.cshtml' was not found. The following locations were searched:
~/Views/Layouts/Amp2020/NOTICIA_POSITIVONEGATIVO.cshtml
NOTICIA_POSITIVONEGATIVO
Um esforço que ia sendo traído pela bonomia de Sarr, a obrigar a que Marchesín oferecesse o corpo às balas em entrada relâmpago de Sterling, que foi esbanjando algumas situações de área.
À medida que o tempo passava — e já com notícias bem mais promissoras de Marselha —, o FC Porto percebia que era tempo de rever a matéria dada, com um Corona muito massacrado a ceder a vez a Luis Díaz e a equipa a unir-se e a deixar Marega cada vez mais isolado, por conta própria, até à rendição de Evanilson.
As alterações sacudiram um pouco o jogo e o FC Porto sobrevivia a um lance de bola sobre a linha, com Marchesín a salvar a pele do “dragão” em novo momento crítico. Os ataques do City morriam, invariavelmente, nas mãos do guarda-redes argentino, que acabou batido por Gabriel Jesus em lance ilegal, a determinar a invalidação do golo a dez minutos do final. Apesar do assédio britânico, a missão foi cumprida, com a confirmação do empate e da qualificação para a fase a eliminar da competição.