Trump diz que deixa Casa Branca se Biden ganhar no Colégio Eleitoral

O Presidente dos EUA diz, porém, que muita coisa pode acontecer até à tomada de posse.

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Trump cumpriu a tradição anual na Casa Branca e concedeu o "perdão presidencial" a um peru, que escapará ileso este ano Reuters/HANNAH MCKAY

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quinta-feira à noite que deixará a Casa Branca se o Colégio Eleitoral eleger Joe Biden para o cargo. Trump ainda não admitiu abertamente a derrota nas eleições presidenciais de 3 de Novembro.

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O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quinta-feira à noite que deixará a Casa Branca se o Colégio Eleitoral eleger Joe Biden para o cargo. Trump ainda não admitiu abertamente a derrota nas eleições presidenciais de 3 de Novembro.

Falando aos jornalistas no Dia de Acção de Graças, Trump disse que se o democrata Joe Biden for o mais votado pelo Colégio Eleitoral deixará a Casa Branca. “Certamente que o farei. E você sabe disso”, disse a um jornalista.

No entanto, o Presidente disse que seria difícil admitir a derrota nas actuais circunstâncias e recusou-se a dizer se iria assistir à tomada de posse de Biden.

No dia 14 de Dezembro (ou, como diz a lei, na primeira segunda-feira depois da segunda quarta-feira de Dezembro), os 538 eleitores do Colégio Eleitoral reúnem-se nos respectivos estados para dar o último passo nesta eleição indirecta – são eles, e não os milhões de eleitores que foram às urnas a 3 de Novembro, que vão eleger o Presidente.

Não deverá haver surpresas, uma vez que os chamados grandes eleitores deverão respeitar o voto dos eleitores dos seus estados. E Joe Biden e Kamala Harris deverão tomar posse a 20 de Janeiro e ser, respectivamente, Presidente e vice-presidente dos Estados Unidos.

“Penso que haverá muitas coisas a acontecer entre hoje e 20 de Janeiro. Muitas coisas”, disse Trump, insistindo que a "eleição foi uma fraude", mas sem dar provas concretas de alguma irregularidade.

Joe Biden venceu as eleições de 3 de Novembro. Trump levou a luta para os tribunais, alegando uma e outra vez que as eleições foram fraudulentas, mas sem nunca apresentar provas disso mesmo. O processo de transição, porém, já começou.