Vino Vero, de Veneza para Lisboa, com vinhos naturais e cicchetti criativos

Num recanto escondido do bairro da Graça, dois italianos encontraram o espaço ideal para o seu projecto.

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É um projecto nascido em Veneza, em 2014, pelas mãos de Matteo Bartoli e Mara Sartore, mas que viajou até Lisboa, onde abriu num encantador recanto escondido do bairro da Graça, na Travessa do Monte. A base do Vino Vero são os vinhos naturais – o bar de Veneza tornou-se uma referência a esse nível e um ponto de encontro de produtores e apreciadores.

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É um projecto nascido em Veneza, em 2014, pelas mãos de Matteo Bartoli e Mara Sartore, mas que viajou até Lisboa, onde abriu num encantador recanto escondido do bairro da Graça, na Travessa do Monte. A base do Vino Vero são os vinhos naturais – o bar de Veneza tornou-se uma referência a esse nível e um ponto de encontro de produtores e apreciadores.

O de Lisboa, aberto em Abril de 2019, cultiva o mesmo espírito. Pelas 18h, quando as primeiras mesas começam a ser colocadas no exterior, há já várias reservadas, e ao final da tarde a esplanada, junto a um arco debruado a azulejos, enche-se com gente (muitos estrangeiros, mesmo em dias de pandemia) para provar os vinhos naturais de vários pontos do mundo, mas também os petiscos apresentados numa ardósia.

Giulia Capaccioli, uma estudante de chinês e de ciência política que já viveu em Pequim e que trabalhava no mundo da arte, é a anfitriã do Vino Vero Lisboa juntamente com Massimiliano Bartoli (irmão e sócio de Matteo, o fundador da casa-mãe de Veneza), que durante muito tempo se dedicou ao mergulho profissional, com escolas de mergulho na Costa Rica e na Toscânia. Os dois conheceram-se no Vino Vero de Veneza e ao procurar outra cidade para expandir o conceito, encontraram em Lisboa o lugar certo.

Na Graça é Maximiliano quem toma conta da cozinha. Foi ele, explica Giulia, quem, em Veneza, elevou os cicchetti (os pequenos snacks venezianos) “a um nível gourmet”. Aqui faz o mesmo, com ingredientes, sobretudo os queijos e enchidos, vindos de Itália, mas também com frescos, incluindo os cogumelos e os espargos, de pequenos produtores portugueses – incluindo “uma senhora que nos traz ervas do seu jardim, que fica aqui a 20 metros”.

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Bacalhau "amanteigado" Rui Gaudêncio

Figura já incontornável do Vino Vero é Chimo, a cadela de Giulia e Massimiliano, que, quando os donos estão ocupados, aprendeu a brincar sozinha com uma bola que lança por uma rua íngreme e que persegue até junto da porta do restaurante, incansável.

Com horário reduzido por causa da pandemia, o Vino Vero vai aproveitar as manhãs dos feriados de Dezembro para experimentar uma ideia nova: música electrónica com Mr. Bubble, ostras e pét-nat (pétillant naturel).