Tati, “cozinha de mercado” agora perto de Arroios
O encerramento do Café Tati junto ao Mercado da Ribeira deixou muita gente inconsolável. Mas a equipa está de volta.
Quando o Café Tati junto ao Mercado da Ribeira se viu obrigado a fechar as portas, em 2018, muitos fiéis ficaram inconsoláveis. Mas no final de Agosto passado, o Tati (agora sem o Café) regressou, instalando-se desta vez entre a Penha de França e Arroios. Na cozinha está de volta a argentina Romina Bertolini e se em muitas coisas este é o mesmo Tati, noutras está um bocadinho diferente.
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Quando o Café Tati junto ao Mercado da Ribeira se viu obrigado a fechar as portas, em 2018, muitos fiéis ficaram inconsoláveis. Mas no final de Agosto passado, o Tati (agora sem o Café) regressou, instalando-se desta vez entre a Penha de França e Arroios. Na cozinha está de volta a argentina Romina Bertolini e se em muitas coisas este é o mesmo Tati, noutras está um bocadinho diferente.
O espaço, numa esquina, é luminoso graças às várias portas, há uma esplanada para as noites que ainda se aguentem com boa temperatura, e, no interior, um bonito balcão de madeira, uma estante com os vinhos e várias mesas. Promete ser, como sempre, um “ponto de encontro”.
“Sempre gostei muito da ideia da comida de partilha e aqui fizemos mais isso”, explica. A ementa está numa ardósia e as coisas podem mudar em função do que há no mercado em cada dia – daí que tenham assumido algo que no Café Tati não assumiam, chamando-lhe agora “cozinha de mercado”.
Durante a quarentena tiveram “ideias para mil pratos”, agora estão a concretizar alguns. Num destes dias, a ardósia anunciava, para além das célebres empanadas de Romina, pratos de conforto como bochechas de porco com batata doce; arroz de abóbora com sálvia e parmesão; milanesa no brioche; pastéis de bacalhau e tapenade (vale a pena experimentar, é diferente do que se pode imaginar); batatas fritas e pimento fermentado, cavala, nabo, aipo e dashi; morcela, chutney de tomate e amêndoas; legumes da época com roquefort e sarraceno; ou o muito reconfortante cozido à Tati.
As jam sessions que tanto ajudaram a popularizar o Café Tati da Rua Ribeira Nova ainda não voltaram (a pandemia não ajuda) mas talvez voltem num futuro mais risonho. Para já, há exposições nas paredes, muito vinho natural (lamentamos, mas a tradicional festa do Beaujolais Nouveau já aconteceu e teve muito vinho para provar e um menu para a ocasião com terrine de porco e castanhas e boeuf bourguignon com puré de batata assada – para o ano há mais), e a “cozinha de mercado” com a criatividade da Romina.