Portugal ganha 15 “óscares” do turismo mas já não é o melhor “destino do mundo”
Há três anos que Portugal conquistava o galardão máximo dos World Travel Awards. Em ano de pandemia, chega a vez das Maldivas. Mas não faltam “óscares” para Lisboa, Algarve, Madeira, Sintra, Dark Sky Alqueva, Passadiços do Paiva, TAP e hotéis de luxo portugueses.
À quarta foi de vez: depois de três anos consecutivos a ser declarado o “melhor destino do mundo”, Portugal, em ano de pandemia que deitou o turismo mundial por terra, cedeu o trono às Maldivas, embora mantendo a chancela de melhor da Europa. Esta sexta-feira, apesar dos pesares e mesmo que alguns se questionem como há prémios com tão pouco turismo, o certo é que os há. E sem festejos, numa gala em versão online a partir de Moscovo, os World Travel Awards, revelaram os vencedores mundiais para 2020, uma chancela que todos utilizarão, naturalmente, para promover-se turisticamente em 2021, conforme a covid-19 o permita.
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À quarta foi de vez: depois de três anos consecutivos a ser declarado o “melhor destino do mundo”, Portugal, em ano de pandemia que deitou o turismo mundial por terra, cedeu o trono às Maldivas, embora mantendo a chancela de melhor da Europa. Esta sexta-feira, apesar dos pesares e mesmo que alguns se questionem como há prémios com tão pouco turismo, o certo é que os há. E sem festejos, numa gala em versão online a partir de Moscovo, os World Travel Awards, revelaram os vencedores mundiais para 2020, uma chancela que todos utilizarão, naturalmente, para promover-se turisticamente em 2021, conforme a covid-19 o permita.
Para Portugal, voam 15 “óscares” do turismo, com Lisboa a manter o galardão de melhor destino do mundo para uma escapadinha urbana e a Madeira o de melhor ilha para as férias. Já o Algarve estreia-se como a melhor região do mundo para sol & mar. "Vencendo todos os constrangimentos, preservamos a reputação e a notoriedade dos nossos destinos”, comentou a secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, em comunicado do Ministério da Economia. Estes troféus, diz a responsável, mostram que Portugal é "um país seguro, pronto para a todos receber, quando assim for possível”.
Dois grandes projectos nacionais voltam também a merecer honras de galardão máximo nas suas categorias. O Dark Sky Alqueva, projecto de admiração dos céus limpos que une Portugal e Espanha, é o melhor projecto de desenvolvimento turístico do ano. E os Passadiços do Paiva continuam a sua caminhada para a fama global: repetem a vitória como atracção turística do ano.
Também o éden de Sintra volta a subir ao pódio com a Parques de Sintra – Monte da Lua a manter a distinção de melhor empresa de conservação.
Enquanto isso, a TAP, apesar dos cortes de asas provocados pela pandemia, volta a brilhar e repete os “óscares” de 2019: melhor companhia aérea para África e para a América do Sul.
E a TAP até vence um prémio algo insólito. É que apesar de não ser novidade que a revista de bordo Up é uma das melhores do mundo (só World Travel Awards já venceu oito – seis europeus e dois mundiais), a vitória nesta categoria torna-se especial este ano para a equipa da publicação: a revista está suspensa desde Março e a TAP confirmou o fim da revista recentemente. Uma despedida em grande da Up com mais um “óscar” na bagagem.
Já na hotelaria, Portugal está este ano em maior destaque do que é habitual. O ano passado, por exemplo, só houve uma distinção mundial neste sector para o país; este ano há seis prémios. No território, temos agora seis dos melhores hotéis do mundo, segundo os WTA. Em Lisboa, o melhor hotel clássico: o Lapa Palace, que repete prémio. No Algarve fica o vencedor nos resorts de villas e golfe (é o Dunas Douradas de Almancil), nos resorts de lazer de luxo (o “vizinho” Conrad Algarve) e nos restaurantes de fine dining de hotéis (o venerado Vila Joya, duas estrelas Michelin de Albufeira). Destaque ainda para o Alentejo, que detém o melhor hotel em região de vinhos, o L’And Vineyards.
Na lista, de sublinhar ainda outra empresa portuguesa, com nome menos reconhecido pelo grande público: a Amazing Evolution Management, sedeada em Lisboa e gestora de várias unidades hoteleiras pelo país, distinguida como melhor operadora de hotéis boutique.
Portugal à parte, entre os grandes vencedores da ronda mundial e final de 2020 dos WTA contam-se as Maldivas (melhor destino), Moscovo (destino urbano), Rússia (destino cultural) e São Petersburgo (cidade cultural); Itália (destino gastronómico); Etihad Airways, AirAsia (melhores companhia aérea global e low-cost, respectivamente) e o aeroporto internacional do Dubai; Royal Caribbean International e Norwegian (melhores marca e linha de cruzeiros); o Armani Hotel e a Grosvenor House (ambos no Dubai, vencedores de melhores hotel e hotel de luxo); a Regency (melhor agência de viagens do mundo) ou o Ferrari World Abu Dhabi (melhor parque temático). Para o Canadá foi o prémio Turismo Responsável, que distinguiu Thompson Okanagan Tourism Association, dedicada a promover de forma sustentável o turismo na sua região, com muita natureza e cultura indígena a defender, na Colúmbia Britânica, Canadá.
Ainda a ter debaixo de olho: Colombo, Sri Lanka (o destino emergente do ano) e o Chile (destino verde). Em ano de distância social, terminamos de coração nas mãos, com os galardões mais amorosos: para casar siga para a Jamaica, para a lua-de-mel rume a Santa Lúcia (Caraíbas). Seja como for, se 2021 (e o turismo) for salvo também pelo amor, é seguirmos todos para o melhor destino romântico do mundo, as Seychelles.