Restauro do Mosteiro dos Jerónimos prossegue com campanha do Fundo Mundial

Monumento nacional tutelado pela DGPC terá intervenções exteriores e interiores entre 2012 e 2022.

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DANIEL ROCHA

O World Monuments Fund Portugal vai lançar uma campanha de angariação de mecenas para prosseguir o restauro, em 2021, do interior da igreja do Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, anunciou esta quinta-feira a Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC). De acordo com este organismo, está a ser preparada a nova fase do Plano de Conservação e Restauro do Mosteiro dos Jerónimos, cujo projecto é apoiado pelo World Monuments Fund Portugal (WMF-Portugal), e compreende intervenções exteriores e interiores no monumento, entre 2012 e 2022.

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O World Monuments Fund Portugal vai lançar uma campanha de angariação de mecenas para prosseguir o restauro, em 2021, do interior da igreja do Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, anunciou esta quinta-feira a Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC). De acordo com este organismo, está a ser preparada a nova fase do Plano de Conservação e Restauro do Mosteiro dos Jerónimos, cujo projecto é apoiado pelo World Monuments Fund Portugal (WMF-Portugal), e compreende intervenções exteriores e interiores no monumento, entre 2012 e 2022.

O objectivo, recorda em comunicado, é “fazer face ao problema urgente da alteração e decaimento das pedras da igreja” do mosteiro, monumento nacional tutelado pela DGPC, e cujo projecto global tem sido viabilizado financeiramente em múltiplas fases de protecção e valorização.

Obra-prima da arquitectura portuguesa do século XVI, o Mosteiro dos Jerónimos está inscrito na lista do Património Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), desde 1983, juntamente com a Torre de Belém.

É considerado uma jóia do manuelino, estilo exclusivamente português que integra elementos arquitectónicos do gótico final e do renascimento, associando-lhe uma simbologia régia cristológica e naturalista que o torna único.

Em 2022, o monumento em pedra de lioz — o mais visitado no país — vai celebrar 500 anos da edificação, e a sua conservação e restauro, estimada em mais de dois milhões de euros, tem sido considerada urgente pela tutela.

O monumento, cuja construção foi da responsabilidade de João de Castilho (1470-1552), que dirigiu a empreitada entre 1517 e 1522, tem sido alvo de investigação para criar estratégias e metodologias de intervenção na degradação da pedra, um problema recorrente desde o século XIX, sobretudo devido à humidade e à poluição.

A última grande intervenção na igreja dos Jerónimos data dos anos de 1960.

O WMF é uma organização privada sem fins lucrativos fundada em 1965 nos Estados Unidos, vocacionada para a protecção de património cultural em risco, e possui delegações em três continentes, patrocinando um programa contínuo para a conservação de tesouros artísticos em todo o mundo. Já apoiou mais de 600 projectos em 90 países, como Portugal, onde a filial portuguesa participou em acções de relevo tais como a conservação e restauro da Torre de Belém, do Claustro dos Jerónimos, dos Jardins do Palácio de Queluz, da Estátua Equestre de D. José I e da Sé Catedral do Funchal.