À procura da perfeição

A interpretação da actriz Custódia Gallego é o eixo sobre o qual a dor, a perda, a impotência sobre a morte ou o advento da memória são introduzidas e humanamente transformadas em catarse do sofrimento.

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"Maria, a Mãe" é a primeira parte de uma trilogia que o autor e encenador Elmano Sancho criou baseando-se nos oratórios portáteis Filipe Ferreira

Houve um tempo em que o oratório, quer dizer, uma caixa de madeira portátil que acolhia José, Maria e Jesus e passava temporadas em casa dos paroquianos, era parte do dia-a-dia do lar católico, uma espécie de recordação da família perfeita na qual deviam tornar-se. Esse tempo, o dos oratórios como ritual comunitário, passou. A família está muito longe de ser o que era. Mas foi a essa era em que via o oratório entrar e sair de casa que o autor, encenador e actor Elmano Sancho encontrou inspiração, quando — disse em entrevista ao PÚBLICO — resolveu “escrever sobre o pai na ausência da mãe, sobre a mãe na ausência do pai e sobre o filho na ausência dos dois.” E aqui estamos, na trilogia A Sagrada Família, que, neste capítulo, conta com uma peça fundamental: Custódia Gallego.

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Houve um tempo em que o oratório, quer dizer, uma caixa de madeira portátil que acolhia José, Maria e Jesus e passava temporadas em casa dos paroquianos, era parte do dia-a-dia do lar católico, uma espécie de recordação da família perfeita na qual deviam tornar-se. Esse tempo, o dos oratórios como ritual comunitário, passou. A família está muito longe de ser o que era. Mas foi a essa era em que via o oratório entrar e sair de casa que o autor, encenador e actor Elmano Sancho encontrou inspiração, quando — disse em entrevista ao PÚBLICO — resolveu “escrever sobre o pai na ausência da mãe, sobre a mãe na ausência do pai e sobre o filho na ausência dos dois.” E aqui estamos, na trilogia A Sagrada Família, que, neste capítulo, conta com uma peça fundamental: Custódia Gallego.