Um Mustang eléctrico? O Mach-E já pode ser encomendado
O braço musculado da Ford quer conquistar a Europa com um SUV 100% eléctrico. E promete sensações desportivas condizentes com o nome que carrega graças a potências de respeito.
A opção da Ford por colocar a chancela Mustang num carro 100% eléctrico não é consensual, e alguns fãs dos potentes e marcantes automóveis que usam “ao peito” o cavalo selvagem norte-americano consideram que a marca está a desvirtuar a palavra Mustang.
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A opção da Ford por colocar a chancela Mustang num carro 100% eléctrico não é consensual, e alguns fãs dos potentes e marcantes automóveis que usam “ao peito” o cavalo selvagem norte-americano consideram que a marca está a desvirtuar a palavra Mustang.
No entanto, depois de um período em que a Ford se viu a braços com uma Europa desencantada com os seus modelos, urge continuar uma campanha para reconquistar uma boa fatia de clientes no Velho Continente, que resultou com propostas como a pickup Ranger, o SUV compacto Kuga ou o mais recente Puma, inserido no apetecível segmento dos B-SUV.
Por isso, surge com um modelo que ataca várias frentes: é um SUV, carroçaria que lidera as vendas europeias; aposta numa motorização 100% eléctrica, beneficiando das políticas fiscais de vários países, Portugal incluído; e serve potência a rodos. A versão mais fraquinha chega com 258cv e tracção traseira ou integral, estando ainda disponível uma motorização de uns valentes 337cv, com tracção integral. Isto, claro, livre de emissões e com baterias suficientes para uma autonomia entre carregamentos de até 610 quilómetros, quando equipado com extensor de autonomia, medidos pela exigente norma WLTP.
O presidente da Ford Europa, Stuart Rowley, parece estar de acordo: “Concebido de raiz, este modelo totalmente eléctrico é único, mas inequivocamente um Mustang, chegando aos clientes da Europa no momento exacto.”
O Mustang Mach-E, que só deverá chegar a Portugal no segundo trimestre de 2021, irá estar disponível numa variante standard, com uma bateria de iões de lítio de 75,7 kWh, e numa alargada, que conta com uma bateria de 98,8 kWh. Segundo a Ford, a versão standard repõe entre 10% a 80% da sua carga em cerca de 38 minutos, numa estação de carregamento rápido.
Para quem não ficar satisfeito nem com os 258cv nem com os 337cv, a Ford está a preparar uma versão ainda mais apimentada: o Mustang Mach-E GT, com 465cv e uma aceleração de 0 a 100 km/h que se cumpre em menos de quatro segundos, de acordo com os cálculos internos do fabricante – o que, a confirmar-se (o GT só chega lá para o fim do próximo ano), torna-o num dos mais rápidos entre os seus pares. Além disso, chega apetrechado de três modos de condução exclusivos: Active, Whisper e Untamed, “cada um traduzindo uma dinâmica de condução específica, associados a uma experiência sensorial distinta”.
Em termos de habitabilidade, não será uma referência, mas chega capaz de satisfazer as necessidades de uma família, com uma mala de 402 litros que, com os bancos rebatidos, pode chegar aos 1420. Além disso, tal como visto no Puma, apresenta uma unidade adicional de carga, de 100 litros, drenável, sendo o espaço adequado para guardar roupas desportivas molhadas ou enlameadas, botas de caminhada ou equipamentos de praia.
O Mach-E já pode ser encomendado: a versão de entrada, com tracção traseira e 258cv custa 49.900€, com bateria standard, e 57.835€, com bateria alargada; a variante de tracção integral, com bateria standard, apresenta-se a partir de 57.321€. Com 337cv, tracção às quatro rodas e bateria alargada, o preço passa a 66.600€.