Morreu Patrick Quinn, co-criador do desafio Ice Bucket Challenge, aos 37 anos

Juntamente com Pete Frates, que morreu em 2019, lançaram o desafio viral que angariou milhões na luta contra a esclerose lateral amiotrófica.

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Desafio popularizou-se nas redes sociais em 2014 Erik de Castro / Reuters

Patrick Quinn, co-criador do ice bucket challenge, o desafio viral que inspirou milhares de pessoas em 2014 a despejar baldes de água gelada sobre a cabeça para angariar dinheiro na luta contra a esclerose lateral amiotrófica (ELA), morreu neste domingo. A morte do norte-americano de 37 anos — sete anos depois de lhe ter sido diagnosticada a doença — foi divulgada pela ALS Association, associação parceira no desafio.

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Patrick Quinn, co-criador do ice bucket challenge, o desafio viral que inspirou milhares de pessoas em 2014 a despejar baldes de água gelada sobre a cabeça para angariar dinheiro na luta contra a esclerose lateral amiotrófica (ELA), morreu neste domingo. A morte do norte-americano de 37 anos — sete anos depois de lhe ter sido diagnosticada a doença — foi divulgada pela ALS Association, associação parceira no desafio.

“É com grande tristeza que partilhamos a notícia da morte de Patrick esta manhã”, publicou a associação online. “Ele foi uma bênção para todos nós em tantos aspectos. Será para sempre recordado pela sua inspiração e coragem na luta sem descanso contra a ELA.”

Quinn, que nasceu e cresceu em Nova Iorque, foi co-criador da campanha que angariou mais de 220 milhões de dólares (mais de 186 milhões de euros) para a investigação médica sobre a doença que lhe foi diagnosticada em Março de 2013, também conhecida por doença de Lou Gehrig, basebolista que morreu com ELA. 

Motivado pelo amigo Pete Frates, a inspiração por trás da ideia do desafio, Quinn estabeleceu uma equipa de apoio ao movimento que rapidamente se tornou num fenómeno viral. Dezenas de celebridades juntaram-se ao desafio, entre elas Mark Zuckerberg, Bill Gates, Gwen Stefani, Jessica Alba, Nicole Richie, Justin Bieber ou Cristiano Ronaldo.

O dinheiro serviu para financiar projectos de investigação e levou mesmo a descobertas sobre genes associados a ELA. Já em 2019, Pete Frates morreu vítima de complicações da doença aos 34 anos. 

Passado o fenómeno, Quinn continuou a ser activo na divulgação da doença. Foi um dos motores do Projecto Revoice, uma iniciativa que pretende ajudar os doentes que perderam a capacidade de falar através da manutenção de um banco de vozes. Patrick Quinn e Pete Frates foram nomeados para a atribuição anual de “Person of The Year” da revista Time.

Os efeitos do movimento criado por ambos chegaram a Portugal. A Associação Portuguesa de Esclerose Lateral Amiotrófica (APELA) terá conseguido juntar cerca de 100 mil euros com o desafio. Estima-se que em Portugal existam entre 600 e 700 pessoas com ELA.