Há dois casos de reinfecção de covid-19 no concelho de Ovar
Um homem e uma mulher com menos de 40 anos estiveram infectados em Março e agora apresentam de novo sintomas da doença. Casos de reinfecção são raros: a nível mundial, estarão confirmados cientificamente menos de uma dezena de casos.
O presidente da Câmara Municipal de Ovar, Salvador Malheiro, divulgou esta tarde que há dois casos de reinfecção de covid-19 neste concelho do distrito de Aveiro. Em declarações ao PÚBLICO, adiantou que se trata de um homem e de uma mulher, ambos com menos de 40 anos. “A autoridade de saúde de Ovar confirmou-me estes dois casos de reinfecção. Estiveram sintomáticos em Março, negativaram e agora estão novamente sintomáticos”, precisou o autarca, adiantando que estes dois doentes “estão já a ser estudados” pelas autoridades competentes.
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O presidente da Câmara Municipal de Ovar, Salvador Malheiro, divulgou esta tarde que há dois casos de reinfecção de covid-19 neste concelho do distrito de Aveiro. Em declarações ao PÚBLICO, adiantou que se trata de um homem e de uma mulher, ambos com menos de 40 anos. “A autoridade de saúde de Ovar confirmou-me estes dois casos de reinfecção. Estiveram sintomáticos em Março, negativaram e agora estão novamente sintomáticos”, precisou o autarca, adiantando que estes dois doentes “estão já a ser estudados” pelas autoridades competentes.
“Por aquilo que me foi comunicado, aqui a questão fundamental é estarem ambos com sintomas outra vez, o que será raro”, adiantou Salvador Malheiro. Na semana passada, foi divulgado aquele que é o primeiro caso conhecido em Portugal de reinfecção com o novo coronavírus, detectado numa mulher de 48 anos que reside na Grande Lisboa. Esteve infectada em Julho, sintomática, e voltou a mostrar sinais da doença em Outubro. O PÚBLICO tentou contactar a Direcção-Geral da Saúde (DGS) para saber mais informações sobre estes casos, mas ainda não obteve resposta.
A nível mundial, estarão confirmados cientificamente menos de uma dezena de casos.
“Infelizmente, pelo que estamos a ver, a imunidade não é eterna”, lamenta Salvador Malheiro, referindo ainda que o município de Ovar está a registar “muito mais casos” do que na primeira vaga. “Estamos a chegar a quase 4% da nossa população infectada, o que é um número muito grande.” Ainda assim, graças a um “rastreio em tempo real”, o autarca considera que a situação no município, que em Março esteve sujeito a uma cerca sanitária, está ainda “minimamente controlada”. Na sua conta de Facebook, que usa diariamente para comunicar os dados epidemiológicos do concelho, informou que há neste domingo 458 casos activos, o que coloca o município no grupo dos que apresentam risco extremo. Desde o início da pandemia, morreram em Ovar 54 pessoas.
“A grande questão neste momento é que Ovar está rodeado de concelhos onde a pandemia também está descontrolada. Em Março, éramos os únicos com contaminação comunitária, agora estamos todos praticamente no mesmo barco. Ainda assim, nós continuamos a testar muito, a rastrear muito, e sei de outros municípios onde isso não acontece. Nós estamos a fazer mais de 250 testes por dia.”
Relativamente às medidas anunciadas no sábado para vigorarem no novo estado de emergência, Malheiro entende que “o Governo está a gerir tudo na espuma dos dias, sem estratégia e com falta de planeamento”. “Com estas medidas, não se controla nem a pandemia nem a economia. Parece que estamos no pior de dois mundos. Esperemos que, agora que se já se fala numa terceira vaga, aprendam alguma coisa.”