Ministério da Saúde não quer (para já) desistir do remdesivir em Portugal

A Agência Europeia do Medicamento emitiu esta sexta-feira uma nota admitindo apenas que está a avaliar este assunto e Portugal vai, pelo menos por enquanto, optar por manter a indicação deste fármaco.

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A discussão sobre a eficácia do medicamento remdesivir no tratamento de doentes graves com covid-19, que necessitam de internamento hospitalar, já dura há algum tempo. Entre as reservas de uns especialistas e as garantias da empresa farmacêutica, instalou-se a dúvida. A Organização Mundial da Saúde (OMS) desaconselha o uso deste fármaco, mas a Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla em inglês) ainda não tomou a mesma posição. Em Portugal, depois de um anunciado investimento de 35 milhões de euros na compra do fármaco comercializado pela Gilead, um grupo de peritos reuniu esta sexta-feira com a Direcção-Geral da Saúde (DGS) para discutir este tema. Antes, o secretário de Estado Ajunto e da Saúde tinha referido que, para já, a decisão é para manter a indicação. A Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) emitiu um comunicado de imprensa que confirma esta opção, citando a EMA e concluindo que “à data, a nível da Europa, entende-se que se mantêm as condições da aprovação do medicamento até à conclusão da revisão de dados que está presentemente a ser realizada pela EMA e que poderá determinar, ou não, a alteração dos termos da autorização de introdução no mercado”.

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A discussão sobre a eficácia do medicamento remdesivir no tratamento de doentes graves com covid-19, que necessitam de internamento hospitalar, já dura há algum tempo. Entre as reservas de uns especialistas e as garantias da empresa farmacêutica, instalou-se a dúvida. A Organização Mundial da Saúde (OMS) desaconselha o uso deste fármaco, mas a Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla em inglês) ainda não tomou a mesma posição. Em Portugal, depois de um anunciado investimento de 35 milhões de euros na compra do fármaco comercializado pela Gilead, um grupo de peritos reuniu esta sexta-feira com a Direcção-Geral da Saúde (DGS) para discutir este tema. Antes, o secretário de Estado Ajunto e da Saúde tinha referido que, para já, a decisão é para manter a indicação. A Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) emitiu um comunicado de imprensa que confirma esta opção, citando a EMA e concluindo que “à data, a nível da Europa, entende-se que se mantêm as condições da aprovação do medicamento até à conclusão da revisão de dados que está presentemente a ser realizada pela EMA e que poderá determinar, ou não, a alteração dos termos da autorização de introdução no mercado”.