Covid-19. Profissionais de saúde poderão ter de alterar férias de Natal

Marta Temido avançou esta quarta-feira que se trata de “uma decisão difícil, um esforço adicional que se pede aos profissionais de saúde e que se poderá ter de pedir a outros profissionais de outras áreas”.

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LUSA/ANTóNIO PEDRO SANTOS

Tendo em conta a situação epidemiológica do país, os profissionais de saúde poderão ter de alterar os planos de férias de Natal de 2020, algo que já aconteceu no início do ano, nas férias da Páscoa, disse esta quarta-feira a ministra da Saúde, Marta Temido.

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Tendo em conta a situação epidemiológica do país, os profissionais de saúde poderão ter de alterar os planos de férias de Natal de 2020, algo que já aconteceu no início do ano, nas férias da Páscoa, disse esta quarta-feira a ministra da Saúde, Marta Temido.

“É uma decisão difícil, um esforço adicional que se pede aos profissionais de saúde e que se poderá ter de pedir a outros profissionais de outras áreas. É um momento particularmente exigente nas nossas vidas e é também por isso que é tão urgente parar a transmissão da doença”, disse a ministra na conferência de imprensa de balanço da situação da covid-19.

Segundo Marta Temido, não é possível substituir os profissionais que estão na linha da frente por outros. “Não há possibilidade de formar médicos e enfermeiros rapidamente, de lhes dar todo o treino, todas as competências que têm de ter para permitir que outros descansem e isso é mais um sinal que nos deve aconselhar a fazer os maiores esforços para sermos solidários”, referiu.

A decisão de alteração das férias destes profissionais está ainda a ser tomada de acordo com cada instituição tendo em conta o atendimento aos doentes e o gozo de férias para permitir às pessoas “recomporem-se e estarem mais aptas na linha da frente”.

Em Março, antes da Páscoa, chegou a ser aprovado um regime excepcional que “restringia o gozo de férias dos profissionais de saúde para que não fosse posta em causa a prestação de cuidados de saúde durante a pandemia”. A ministra da Saúde emitiu, nessa altura, uma “recomendação, uma orientação de suspensão de férias calendarizada para o período da Páscoa, que é, normalmente, um período de convívio com a família”. “Este ano, isso [o convívio] não será possível para muitos de nós, designadamente para os profissionais de saúde”, disse então.

O Ministério da Saúde decidiu revogar este despacho em meados de Maio e o gozo de férias pelos profissionais de saúde voltou a ser autorizado a partir dessa altura.