Fernando Medina já admite “períodos de maior confinamento”

Autarca de Lisboa dá como praticamente certo que os dois primeiros fins-de-semana de Dezembro vão trazer restrições à circulação.

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LUSA/ANTÓNIO PEDRO SANTOS

O presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, admitiu esta terça-feira a possibilidade de existirem “períodos de maior confinamento” devido à pandemia de covid-19 e considerou que, face à evolução dos números, esse caminho terá de ser apoiado. Ressalvando não ter outras informação sobre o que o Governo pondera fazer, além do que é público, Medina (PS) disse que “racionalmente” admite mesmo que “outras medidas possam vir a ser tomadas”, a par dos períodos de maior confinamento.

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O presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, admitiu esta terça-feira a possibilidade de existirem “períodos de maior confinamento” devido à pandemia de covid-19 e considerou que, face à evolução dos números, esse caminho terá de ser apoiado. Ressalvando não ter outras informação sobre o que o Governo pondera fazer, além do que é público, Medina (PS) disse que “racionalmente” admite mesmo que “outras medidas possam vir a ser tomadas”, a par dos períodos de maior confinamento.

“Daquilo que vejo da evolução dos números, eu acho que vamos ter que seguir este caminho, vamos ter que apoiar este caminho, vamos ter que nos reforçar emocionalmente e socialmente e colectivamente relativamente a este caminho”, afirmou, durante a Assembleia Municipal de Lisboa.

Depois de fazer um balanço sobre a evolução da pandemia na Europa, o presidente da Câmara de Lisboa falou sobre a situação em Portugal, salientando que, apesar de a Sul os números de novos infectados, internamentos e mortes serem neste momento menores do que no Norte do país, não “há nenhuma razão para descansar”. 

“Não há nenhuma razão para descansar, não podemos descansar sobre nenhuma razão geográfica ou sociológica de antecipação de que a realidade não venha a piorar na região Sul”, afirmou. Por isso, referiu, parece ser claro que nas próximas semanas, e possivelmente nos próximos meses, haja “uma necessidade de confinamentos mais ou menos alargados geograficamente, mais ou menos alargados sectorialmente”.

“Não posso senão apoiar esta decisão e este modo de enfrentarmos a pandemia desta forma porque o cenário alternativo é chegarmos aos limites no nosso Serviço Nacional de Saúde e haver a necessidade de fazer escolhas que ninguém quer que sejam feitas”, disse, insistindo que, apesar de Lisboa não ser neste momento das regiões mais afectadas pela pandemia, embora apresente perto de 600 casos de contágio pelo novo coronavírus por cada 100 mil habitantes, não se pode excluir uma evolução negativa, até porque é uma zona densamente povoada.

“A pandemia vive do contacto, da relação das pessoas, não podemos dizer que não acontecerá”, salientou. A este propósito, o presidente da Câmara de Lisboa recordou que está já “pré-anunciado que, se necessário for, haverá novo confinamento mais alargado nos fins-de-semana do inicio de Dezembro, apanhando quatro dias de cada vez, apanhando a ponte entre os dois feriados do início de Dezembro”.

Fernando Medina apelou ainda à recuperação dos “laços de unidade que houve na primeira fase desta pandemia e que neste momento estão menos sólidos”, do ponto de vista do diálogo político e social, no sentido de um maior entendimento político e social, “para que colectivamente” se possa ultrapassar este período.