Manifestação de apoio a Trump acaba em violência em Washington

Milhares de pessoas juntaram-se no centro da capital dos EUA para pedir “mais quatro anos” de Trump, acreditando que houve fraude eleitoral. O protesto foi ordeiro até os Proud Boys entrarem em acção.

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Milhares de apoiantes de Donald Trump manifestaram-se neste sábado em Washington para exigir “mais quatro anos” de mandato do Presidente e denunciar o que dizem ser o “roubo” das eleições de 3 de Novembro. O protesto decorreu de forma pacífica durante a tarde, mas à noite houve confrontos com um grupo de contra-manifestantes e 20 pessoas foram detidas.

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Milhares de apoiantes de Donald Trump manifestaram-se neste sábado em Washington para exigir “mais quatro anos” de mandato do Presidente e denunciar o que dizem ser o “roubo” das eleições de 3 de Novembro. O protesto decorreu de forma pacífica durante a tarde, mas à noite houve confrontos com um grupo de contra-manifestantes e 20 pessoas foram detidas.

A multidão tinha cartazes a dizer “Trump 2020: Mantém a América Grande”, “Todos a bordo do comboio Trump”, “Trump 2020: Pró-vida, pró-armas”. Ouviu-se cantar “Mais quatro anos” e “Queremos Trump”, no relato da manifestação feita pela imprensa dos EUA.

O Presidente saiu da Casa Branca e, sorridente, passou de carro pela manifestação – foi aplaudido pelos apoiantes alinhados dos dois lados da estrada à passagem da caravana presidencial; Trump ia a caminho do seu campo de golfe na Virgínia.

“Encoraja-me que a América não esteja a baixar os braços”, disse ao New York Times uma participante, Rachel Williams, funcionária municipal de Jasper, no Alabama, que saiu de casa de carro às 5h30 da manhã para participar na marcha por Trump.

Como os restantes ali, Williams acredita que o Presidente ganhou as eleições, não Joe Biden, e que estão a roubar a Casa Branca a Trump, apesar de não haver qualquer prova de que tenham ocorrido ilegalidades na votação e de a comissão eleitoral federal ter considerado as eleições as “mais seguras da História” do país.

A marcha decorreu de forma ordeira, mas à noite quando parte da manifestação já dispersava, um grupo de 40 homens que se identificaram como membros dos Proud Boys, uma organização de extrema-direita, dirigiram-se à zona da Freedom Plaza. 

Houve confrontos com contra-manifestantes, apesar de a polícia ter tentado manter os dois grupos separados. Houve cenas de pancadaria, objectos foram atirados e viam-se fogueiras em vários locais, relata o jornal The Guardian, que diz que há relatos de uma pessoa ter sido ferida com uma arma branca. Vinte pessoas foram detidas e acusadas de posse ilegal de arma, agressão e distúrbios na via pública. Alguns polícias e bombeiros ficaram feridos.