Argentina consegue vitória histórica frente aos All Blacks

Os Pumas derrotaram pela primeira vez a selecção de râguebi da Nova Zelândia, num jogo disputado na madrugada deste sábado em Sydney.

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Nicolas Sanchéz marcou os 25 pontos da Argentina DR

Era a vitória que faltava no currículo da Argentina e aconteceu na madrugada deste sábado em Sydney. Os Pumas, a principal selecção de râguebi do país sul-americano, contava no seu historial com triunfos frente a todas as grandes selecções mundiais da modalidade, mas nos 29 duelos oficiais entre argentinos e neozelandeses o saldo era contundente: 28 vitórias para a selecção do Pacífico e um empate. Porém, na terceira jornada do Rugby Championship, fez história: com 25 pontos de Nicolas Sanchéz, os Pumas colocaram os All Blacks KO (25-15).

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Era a vitória que faltava no currículo da Argentina e aconteceu na madrugada deste sábado em Sydney. Os Pumas, a principal selecção de râguebi do país sul-americano, contava no seu historial com triunfos frente a todas as grandes selecções mundiais da modalidade, mas nos 29 duelos oficiais entre argentinos e neozelandeses o saldo era contundente: 28 vitórias para a selecção do Pacífico e um empate. Porém, na terceira jornada do Rugby Championship, fez história: com 25 pontos de Nicolas Sanchéz, os Pumas colocaram os All Blacks KO (25-15).

A vitória foi merecida e confirmou que a Nova Zelândia não atravessa um bom momento. Os neozelandeses já tinham sido derrotados no passado fim-de-semana em Brisbane pela Austrália (24-22) e voltaram a mostrar-se uma equipa indisciplinada, pouco consistente e incapaz de ultrapassar a sempre aguerrida defesa dos Pumas.

O grande protagonista da partida acabou por ser Nicolas Sanchéz. O abertura do Stade Français, equipa de Paris, liderou o “XV” argentino durante os 80 minutos, e, ao intervalo, já tinha somado os 16 pontos dos sul-americanos (um ensaio, uma transformação e três penalidades).

A perder por 13 pontos (3-16), os All Blacks ainda conseguiram após o intervalo assumir um ligeiro ascendente, que seria traduzido com um ensaio aos 52': após um alinhamento curto, os avançados neozelandeses trabalharam bem e o terceira-linha Sam Cane fez o toque de meta.

A Nova Zelândia tinha quase 30 minutos para recuperar de uma desvantagem de nove pontos (10-19), mas a indisciplina na defesa manteve-se por parte dos All Blacks e Sanchéz, com a sua habitual fiabilidade no jogo ao pé, não desperdiçou as penalidades cometidas pelos rivais para somar mais seis pontos, garantido a merecida e inédita vitória dos Pumas.

No final, Mario Ledesma não escondeu a emoção, referindo que os argentinos vão “recordar esta vitória por muitos anos”. O seleccionador destacou o momento difícil que a Argentina atravessa devido à pandemia: “Eles [jogadores] mostraram o que são. O povo argentino é assim.”

O antigo segunda-linha, que como jogador vestiu por 84 vezes a camisola do seu país, referiu que “alguns jogadores não estão com as suas famílias há quatro meses” devido à covid-19, mas “não se queixam”.

Do outro lado, Ian Foster, seleccionador neozelandês, deu os parabéns à Argentina: “É um dia histórico para eles. Embora seja profundamente decepcionante para nós, é extremamente emocionante para eles. Parabéns ao Mario [Ledesma] e à sua equipa pelo que foram capazes de alcançar.”

Apesar de os All Blacks terem sofrido duas derrotas consecutivas, algo que não acontecia desde 2011, Foster disse não sentir mais pressão. “Quem está neste cargo tem sempre pressão. O que sinto agora é uma grande decepção por não termos alcançado o que queríamos nos últimos dois jogos. Temos muitas pessoas boas neste grupo e já mostramos que podemos ter um desempenho de alto nível”, concluiu o técnico que lidera os All Blacks desde Dezembro de 2019.