“Bolha de apoio” ou “companheiro de mimos”: as estratégias para combater a solidão durante o confinamento
Evitar a solidão e o isolamento para manter a saúde mental durante a pandemia é o desafio que os governos belga e britânico querem ultrapassar com a ajuda dos cidadãos.
O anúncio é do primeiro-ministro belga, Alexander De Croo: “Queremos um confinamento, não um isolamento.” Para isso, foi criada a figura do “companheiro de mimos” (ou, em flamengo, knuffelcontact) com o objectivo de combater a solidão provocada pela pandemia. Uma ideia que não é nova. No Reino Unido, durante o primeiro confinamento, o governo lançou as “bolhas de apoio”.
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O anúncio é do primeiro-ministro belga, Alexander De Croo: “Queremos um confinamento, não um isolamento.” Para isso, foi criada a figura do “companheiro de mimos” (ou, em flamengo, knuffelcontact) com o objectivo de combater a solidão provocada pela pandemia. Uma ideia que não é nova. No Reino Unido, durante o primeiro confinamento, o governo lançou as “bolhas de apoio”.
Na Bélgica, o “companheiro de mimos” é uma pessoa fixa que tem a responsabilidade de visitar outra que esteja sozinha. A sua missão é fazer companhia e, assim, ajudar a cuidar da saúde mental da outra. Desde o início de Outubro que se verifica um aumento de casos de covid-19 e a pandemia é responsável pelo registo de mais de meio milhão de infecções no país e de 13 mil mortes. O período de confinamento começou a 2 de Novembro e termina a 13 de Dezembro.
Já no Reino Unido, durante o primeiro confinamento foi criada a “bolha de apoio”, que ainda se mantém activa e que permite juntar adultos solteiros, com ou sem filhos, que se podem apoiar. No caso de as famílias terem crianças, os pais que precisam de se deslocar para o trabalho, podem deixá-las ao encargo de outra família. Contudo, as duas “bolhas” não podem conviver socialmente com outras, de maneira a evitar contágios.
Em comum, os dois países partilham a intenção de quebrar a solidão e o isolamento de pessoas que vivem sozinhas ou de famílias.
Texto editado por Bárbara Wong