Governo cria Prémio Estudar a Dança para estimular o conhecimento nessa área

O prémio, a atribuir a teses de mestrado e de doutoramento, vai ter a primeira edição em 2021.

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Paulo Pimenta

O Prémio Estudar a Dança, a atribuir a teses de mestrado e de doutoramento, para “estimular uma área pouco cultivada no país”, vai ter a primeira edição em 2021, anunciou hoje a Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC). O prémio, cujo lançamento foi esta sexta-feira anunciado pela DGPC, que institui o galardão através do Museu Nacional do Teatro e da Dança, em Lisboa, terá um valor pecuniário de 3.000 euros, patrocinados pela Fundação Millennium BCP.

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O Prémio Estudar a Dança, a atribuir a teses de mestrado e de doutoramento, para “estimular uma área pouco cultivada no país”, vai ter a primeira edição em 2021, anunciou hoje a Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC). O prémio, cujo lançamento foi esta sexta-feira anunciado pela DGPC, que institui o galardão através do Museu Nacional do Teatro e da Dança, em Lisboa, terá um valor pecuniário de 3.000 euros, patrocinados pela Fundação Millennium BCP.

O objectivo é distinguir anualmente as melhores teses de mestrado e de doutoramento sobre a história e/ou a estética da dança teatral, segundo um comunicado divulgado pela direcção-geral. Ao lançar este prémio, “que celebra o valioso espólio deste museu nacional, pretende-se estimular e evidenciar a importância dos estudos da dança, área disciplinar que tem sido pouco cultivada no nosso país”, justifica o comunicado.

A DGPC sublinha ainda que o prémio surge na sequência de “uma significativa doação feita por José Sasportes” - ex-ministro da Cultura e especialista na área da dança - em 2015, que “tornou a biblioteca e o arquivo do Museu Nacional do Teatro e da Dança no mais amplo acervo bibliográfico e documental no campo da dança teatral em Portugal”. Foi por esta razão que o então Museu Nacional do Teatro, passou a ter a designação oficial de Museu Nacional do Teatro e da Dança.

O director do Museu Nacional do Teatro e da Dança, José Carlos Alvarez, sublinhou a importância da “dupla função” da criação deste novo galardão: “Estimular a criação de trabalhos académicos na área da dança, que, de facto, ainda são muito poucos, e dar visibilidade ao museu, ao seu acervo, biblioteca com conteúdo único, e centro de documentação”.

“Os museus, e sobretudo os museus nacionais, devem ser, também, centros de produção de conhecimento, e de valorização dos seus acervos. No caso da dança, tem muito menos trabalhos académicos nesta área do que o teatro”, reforçou, comentando que a criação do prémio, “é uma boa notícia na área da cultura, que tem sido tão negativamente fustigada com a actual situação de pandemia que vivemos”. José Carlos Alvarez disse ainda que, nesta ordem de pensamento, fez a proposta à DGPC e à Fundação Millennium BCP, que aceitou tornar-se parceira e patrocinar o valor pecuniário de 3.000 euros para o prémio.

Nos termos do regulamento do Prémio Estudar a Dança, cujos detalhes, segundo o director, estão a ser concluídos e vão ser em breve divulgados, a primeira edição realiza-se em 2021. Foi já fixado o dia 31 de Julho do próximo ano como a data limite para apresentação de candidaturas, podendo concorrer teses de mestrado defendidas nos últimos cinco anos, em estabelecimentos de ensino nacionais ou estrangeiros. O prémio será atribuído no Outono de 2021 por um júri constituído por José Sasportes, Rui Vieira Nery, ex-secretário de Estado da Cultura e musicólogo, e ainda José Carlos Alvarez.