Excerto de Um Povo Traído, do historiador Paul Preston, sobre a Espanha moderna
Corrupção, incompetência política e divisão social na Espanha moderna (1874-2018) é o tema de Um Povo Traído, de Paul Preston, que chega nesta quinta-feira às livrarias pelas Edições 70. Examina as continuidades de agitação política e ansiedade nacional em Espanha até ao presente.
Há muitas abordagens possíveis à rica e trágica história de Espanha. Este livro abrange o período entre a restauração da monarquia Borbón, em 1874, com Alfonso XII, e os primeiros dias do reinado do seu trineto, Felipe VI, em 2014. Pretende oferecer uma história abrangente e fidedigna de Espanha com grande destaque para a forma como o progresso do país tem sido prejudicado pela corrupção e incompetência política. Mostra como essas duas características têm resultado em perturbações da coesão social que são muitas vezes enfrentadas e agravadas com o recurso à violência por parte das autoridades. Estes três temas surgem repetidamente nas tensões entre Madrid e a Catalunha. Durante todo o período da Restauração e, de forma mais espetacular, durante a ditadura de Primo de Rivera, a corrupção institucional e a alarmante incompetência política constituíram a norma. A indignação popular com esse estado de coisas abriu caminho à primeira democracia no país, a Segunda República.
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Há muitas abordagens possíveis à rica e trágica história de Espanha. Este livro abrange o período entre a restauração da monarquia Borbón, em 1874, com Alfonso XII, e os primeiros dias do reinado do seu trineto, Felipe VI, em 2014. Pretende oferecer uma história abrangente e fidedigna de Espanha com grande destaque para a forma como o progresso do país tem sido prejudicado pela corrupção e incompetência política. Mostra como essas duas características têm resultado em perturbações da coesão social que são muitas vezes enfrentadas e agravadas com o recurso à violência por parte das autoridades. Estes três temas surgem repetidamente nas tensões entre Madrid e a Catalunha. Durante todo o período da Restauração e, de forma mais espetacular, durante a ditadura de Primo de Rivera, a corrupção institucional e a alarmante incompetência política constituíram a norma. A indignação popular com esse estado de coisas abriu caminho à primeira democracia no país, a Segunda República.