Porto eleito a melhor cidade pequena do mundo pela Monocle. É “um florescente centro criativo”
A cidade portuguesa subiu nove lugares no Small Cities Index da influente revista e lidera o top para 2021, à frente de cidades na Bélgica, Japão ou Suíça. Não faltam elogios.
Se ainda há dias recebia o “óscar” de melhor destino europeu para uma escapadinha, agora obtém a distinção de melhor cidade pequena (com menos de 250 mil habitantes) para estar e viver. “O Porto vive ao seu próprio ritmo”, lê-se na revista internacional Monocle, que publicou online o seu novo índex de melhores pequenas cidades para 2021, antecipando a saída na edição em papel de Janeiro.
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Se ainda há dias recebia o “óscar” de melhor destino europeu para uma escapadinha, agora obtém a distinção de melhor cidade pequena (com menos de 250 mil habitantes) para estar e viver. “O Porto vive ao seu próprio ritmo”, lê-se na revista internacional Monocle, que publicou online o seu novo índex de melhores pequenas cidades para 2021, antecipando a saída na edição em papel de Janeiro.
A lista é composta pelas 20 melhores pequenas cidades do mundo, segundo a equipa da revista, a que se juntam mais cinco menções honrosas. Todas elas, garante-se, são alternativas excelentes às metrópoles e locais onde há “muito espaço para respirar”.
O Porto, que estava em 9.º lugar no primeiro índex do género apresentado pela revista há um ano, subiu para o 1.º lugar nesta nova edição. “Uma cidade pequena, mas com ambições de metrópole”, pode ler-se no artigo da Monocle, influente publicação em matéria de design, cultura urbana e tendências.
“Qualquer tripeiro” poderá listar “rápida e orgulhosamente, todas as razões que tornam a sua cidade tão diferente da capital de Portugal, Lisboa”. É assim que começa o texto que enumera as razões para a escolha do Porto para líder do top.
Referindo-se que tanto Lisboa como o Porto são cidades históricas portuárias “charmosas” com “acesso rápido a boas praias”, salientam-se diferenças: “o Porto vive ao seu próprio ritmo, completamente independente do ritmo de Lisboa".
“Foi sempre o coração financeiro de Portugal, com muitas das indústrias do país sedeadas no seu perímetro”, indica-se, destacando-se que “os portuenses são conhecidos por serem trabalhadores e terem uma atitude directa”, mas “a orientação para o negócio, aqui, não é vivida sacrificando um sentido de comunidade e o desfrutar de um copo de vinho com os colegas ao almoço”.
O artigo indica ainda a presença de muitos fabricantes da indústria do vestuário e mobiliário, o que “ajudou o Porto a desenvolver-se como um florescente centro criativo”.
O destaque à criatividade portuense passa também por uma grande oferta cultural, incluindo galerias de arte vanguardista, ou pelo facto de muitos designers internacionais procurarem a região para fabricarem as suas peças. E pelo facto de muitos criadores estrangeiros optarem por viverem aqui, dando à cidade uma “sensação cosmopolita".
Entre os elogios, há também grande destaque para o presidente da Câmara. “Liderança forte” é elogio que a revista faz a Rui Moreira, referindo-se que é “muito apreciado pela defesa firme da cidade” e, mais uma vez, com um toque ao Porto-Lisboa: “É sempre rápido a lembrar aos políticos que, embora a sede do Governo seja em Lisboa, que a região Norte de Portugal é o principal contribuinte para a economia do país”.
A lista da Monocle integra 20 cidades (mais cinco menções honrosas) com menos de 250 mil habitantes que oferecem uma “qualidade incrível de vida” e, realça-se, que “são dirigidas por líderes inteligentes e confiáveis”. A vida nocturna, oportunidades de negócio, população amigável e boas ligações ao mundo são outros dos critérios listados.