Cruzeiro Seixas, o poeta: “Nunca se chega atrasado ao surrealismo”
Quando a editora Quasi publicou em 2002 o primeiro volume da poesia inédita de Cruzeiro Seixas, o autor estava prestes a fazer 82 anos. Foi a revelação de um vasto continente criativo que o próprio artista colocava acima da sua mais reconhecida obra plástica.
Numa carta ao poeta brasileiro Floriano Martins, publicada em 2005 na revista literária Agulha, Cruzeiro Seixas observava a dado passo que “nunca se chega atrasado ao surrealismo” e que, “como a liberdade, ele deve constantemente ser reinventado!”. A frase era uma resposta aos que apontavam o atraso do movimento português face ao surrealismo francês, mas adapta-se bem à poesia de Cruzeiro Seixas, que no essencial só começou a ser sistematicamente divulgada quando o autor já cruzara os 80 anos.
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Numa carta ao poeta brasileiro Floriano Martins, publicada em 2005 na revista literária Agulha, Cruzeiro Seixas observava a dado passo que “nunca se chega atrasado ao surrealismo” e que, “como a liberdade, ele deve constantemente ser reinventado!”. A frase era uma resposta aos que apontavam o atraso do movimento português face ao surrealismo francês, mas adapta-se bem à poesia de Cruzeiro Seixas, que no essencial só começou a ser sistematicamente divulgada quando o autor já cruzara os 80 anos.