Inatel disponibiliza 250 camas para acolher casos sociais
O objectivo é acolher utentes não covid, que tiveram alta dos hospitais mas que não têm para onde ir, criando assim mais vagas de internamento.
A Fundação Inatel tem disponíveis, de imediato, cerca de 250 camas para acolher utentes que não estão infectados com covid-19, que tiveram alta dos hospitais mas que não têm para onde ir, criando assim mais vagas de internamento.
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A Fundação Inatel tem disponíveis, de imediato, cerca de 250 camas para acolher utentes que não estão infectados com covid-19, que tiveram alta dos hospitais mas que não têm para onde ir, criando assim mais vagas de internamento.
O presidente da Fundação Inatel , Francisco Madelino, revelou à agência Lusa que há 17 unidades hoteleiras que estão disponíveis para dar resposta neste período de inverno, com "uma capacidade total de aproximadamente mil camas”.
Na próxima semana uma das unidades hoteleiras já vai receber “24 a 25 pessoas”, que “serão acompanhadas por equipas de apoio que vão estar nas instalações em permanência, 24 horas”. “Estamos a marcar o hotel da Feira e temos em reserva instalações em Entre-os-Rios e Oeiras para este período que vai ser conturbado. Nestas três instalações, a Inatel tem disponível num curtíssimo prazo, cerca de 250 camas, lembrando que também é preciso garantir quartos para as equipas”, sublinhou Francisco Madelino.
Segundo explicou, só na região Norte “são mais de 100 camas que vão ser libertadas e essas pessoas vão já nesta primeira fase para as instalações da Inatel na Feira”, numa intervenção em articulação com a Segurança Social.
“A fundação tem tido um papel permanente, estando ao serviço no apoio a pessoas idosas em lares de terceira idade que não tenham covid-19 e ao pessoal de saúde. Com o facto de a pandemia ter subido muito é determinante para os hospitais libertarem camas de pessoas que tiveram alta e reforçar a capacidade de resposta do sistema de saúde”, afirmou.
Segundo Francisco Madelino, muitos destes utentes “são idosos, mas podem não ser”. “São pessoas que não têm uma família de acolhimento nem sítio para onde ir. Esta é uma intervenção articulada com a Segurança Social, que articula com a Administração [Regional] de Saúde as equipas que são necessárias”, precisou.
“Temos estado a colaborar no apoio de retaguarda. Por exemplo, as pessoas que estiveram em quarentena nas Flores fizeram-no em hotéis da Inatel. Em Manteigas, tivemos estudantes de Medicina, que estiveram no lar de Reguengos [Monsaraz], a fazer quarentena”, exemplificou, sublinhando a disponibilidade para responder às necessidades do país, se a fundação for chamada, no âmbito do diploma publicado pelo Governo que prevê a requisição de recursos, meios e estabelecimentos de prestação de cuidados de saúde integrados nos sectores privado, social e cooperativo.