“Estou a recibos verdes”: esta t-shirt é para quem não tem contrato
“Estou a recibos verdes” é a última peça da marca 100% portuguesa e com stock limitado. A nova t-shirt da Bon Vivant é “quase um statement”.
Usar uma t-shirt com a inscrição “Estou a recibos verdes” é “quase um statement”, diz João Sanchez, de 22 anos. Com Francisca Niny de Castro, da mesma idade, criou a marca Bon Vivant e uma t-shirt que faz alusão ao trabalho precário. João explica que o objectivo é que as pessoas olhem para esta peça de roupa e “pensem que pertencem a esta equipa”.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Usar uma t-shirt com a inscrição “Estou a recibos verdes” é “quase um statement”, diz João Sanchez, de 22 anos. Com Francisca Niny de Castro, da mesma idade, criou a marca Bon Vivant e uma t-shirt que faz alusão ao trabalho precário. João explica que o objectivo é que as pessoas olhem para esta peça de roupa e “pensem que pertencem a esta equipa”.
No passado, João e Francisca criaram t-shirts em que “Deus no comando” estava bordado e as vendas “foram uma surpresa autêntica”. Com o surgimento da pandemia de covid-19, a criação de uma t-shirt sobre quem trabalha a recibos verdes ganhou forma. A marca, que surgiu em Julho de 2019, tem o propósito de “criar roupa humorística, mas com alguma subtileza, para não cair no vulgar”.
Numa noite de copos: assim nasceu a ideia do Bon Vivant, que “não é para quem gasta dinheiro, mas para quem vive como quer, que tem uma personalidade a acontecer”. João e Francisca estavam a observar as pessoas à volta e repararam em muitos pólos com logótipos pequenos. De imediato, pensaram: “E se houvesse uma marca que tivesse também algo no canto do peito, mas que fosse uma frase absurda, uma palavra estranha ou até uma expressão portuguesa?”, recorda João ao P3. A partir daí, colocaram mãos à obra e tornaram esta ideia num hobby. Os dois amigos são licenciados em Cinema e, em 2016, criaram o Pagárrenda, um projecto freelancer de produção de vídeo e fotografia a que se dedicam a tempo inteiro e ao qual aliaram a Bon Vivant. “A visão das frases, passando pelas fotografias, é nossa desde o início ao fim”, sublinha.
Todas as t-shirts custam 15 euros e as camisolas, 25 euros. A marca vende ainda meias e bolsas de cintura. Os produtos, totalmente portugueses, são limitados e nunca se repetem. João explica que tal se deve por uma questão de logística, mas também por quererem apostar na criatividade. “A Bon Vivant não é o nosso trabalho a tempo inteiro, nem temos armazém para aguentar estes stocks”, garante. O desafio também lhe agrada: “Cada vez que ponho um produto cá fora é um risco e temos sempre de dar o corpo a esse risco.”
A pensar no Inverno, no final de Novembro vai ser lançada uma parka com a frase “Crlho, que briole” bordada, à venda no Instagram da marca, tal como as outras peças. “Tentamos, de vez em quando, desafiar-nos com um produto ao qual não estamos habituados. Uma t-shirt é muito casual, usar um casaco é muito statement, mas estamos confiantes que possa ser um bom risco e que as pessoas vão gostar”, acredita.
Texto editado por Ana Maria Henriques