Polícia Judiciária detém casal suspeito de exploração laboral em Bragança
A vítima, um homem de 66 anos, sofre de um “atraso mental moderado” e “não tem qualquer resguardo familiar”. Os dois suspeitos não pagavam à vítima, que “pastoreava os animais”, e a alimentação era “claramente pobre e insuficiente para o dia de trabalho”
A Polícia Judiciária (PJ) deteve dois suspeitos “fortemente indiciados pela prática de um crime de tráfico de pessoas, para exploração laboral”, em Bragança. A vítima, um homem de 66 anos, sofre de um “atraso mental moderado” e “não tem qualquer resguardo familiar”, explica a PJ em comunicado.
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A Polícia Judiciária (PJ) deteve dois suspeitos “fortemente indiciados pela prática de um crime de tráfico de pessoas, para exploração laboral”, em Bragança. A vítima, um homem de 66 anos, sofre de um “atraso mental moderado” e “não tem qualquer resguardo familiar”, explica a PJ em comunicado.
Os dois suspeitos, um casal com 40 e 43 anos, não pagavam à vítima, que “pastoreava os animais”, e a alimentação era “claramente pobre e insuficiente para o dia de trabalho”.
A situação durava desde Junho de 2017. Em Maio de 2019, o casal de suspeitos arrendou um espaço de arrumos num campo agrícola, local onde a vítima “passou a viver em permanência, acompanhado de animais”, descreve a PJ.
O espaço “não dispunha de água, luz, higiene ou quaisquer condições de salubridade”. A vítima não tomava banho nem mudava de roupa, “recebendo comida em más condições, uma vez por dia”, acrescenta a nota.
Os detidos já foram sujeitos a primeiro interrogatório judicial e ficaram proibidos de contactar ou de se aproximar da vítima, que foi colocada numa instituição de acolhimento.