Brigada Estudantil sai à rua pelo fim das propinas e da desigualdade
O grupo que defende os direitos dos estudantes convocou uma manifestação para 17 de Novembro, para contestar as desigualdades sociais no ensino superior e exigir o fim das propinas. Encontro está marcado para o Largo de Camões, em Lisboa, às 16:00 e estão previstas vigílias na Praça da República, em Coimbra, e na Praça dos Leões, frente à reitoria da Universidade do Porto.
“As desigualdades sociais estão, agora, visíveis a olho nu. Já não é possível empurrar para debaixo do tapete”, começam por avisar os estudantes da Brigada Estudantil, grupo que defende os direitos dos estudantes. Em comunicado, convocam para 17 de Novembro, Dia Internacional do Estudante, uma manifestação em várias cidades do país contra as desigualdades sociais no ensino superior e eliminação das propinas.
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“As desigualdades sociais estão, agora, visíveis a olho nu. Já não é possível empurrar para debaixo do tapete”, começam por avisar os estudantes da Brigada Estudantil, grupo que defende os direitos dos estudantes. Em comunicado, convocam para 17 de Novembro, Dia Internacional do Estudante, uma manifestação em várias cidades do país contra as desigualdades sociais no ensino superior e eliminação das propinas.
Pretendem, com a manifestação Geração à Rasca 2.0, “exigir o fim das propinas e das desigualdades sociais no ensino superior, que se agravaram com a pandemia da covid-19”.“As nossas instituições de ensino superior mostraram, mais uma vez, que estão apenas preocupadas com o lucro e continuaram a cobrar propinas, taxas e emolumentos, enquanto assistimos à deterioração das condições de vida das nossas famílias”, é sublinhado.
Para a Brigada Estudantil, da promessa de que as propinas ajudariam a melhorar a qualidade do ensino, ficou apenas “mais um instrumento de triagem social dos estudantes”. “Enquadrada numa visão economicista e tecnocrática do ensino superior, a lei das propinas veio igualmente desresponsabilizar o Estado do cumprimento das suas funções constitucionais, condenando o sistema de ensino à asfixia financeira e à privatização, na sequência de décadas de desinvestimento e subfinanciamento”, destacam.
No entendimento da Brigada Estudantil, ao “invés de se afirmar como um espaço de inclusão, formação e desenvolvimento intelectual e cultural, a Universidade tem-se vindo a tornar num espaço cada vez mais restrito, inacessível e elitista. Assim, a missão emancipadora da educação torna-se impossível de atingir”, destacam na nota. O resultado, acreditam, é a segregação e exclusão de “milhares de jovens com base em critérios socioeconómicos” e a acentuação de “desigualdades preexistentes”.
Para a Brigada Estudantil, a falta de comunicação, os problemas de alojamento e as assimetrias no acesso a materiais que viabilizassem o acesso às aulas online só vieram demonstrar a necessidade das faculdades em conquistar a igualdade social. “Se o ensino superior não é para todos, não é justo para ninguém. É com esta premissa e com a convicção de que o direito à educação tem de ser alargado a todas as pessoas que continuaremos nas ruas até à eliminação das propinas”, sublinham.
O grupo adianta que a manifestação Geração à Rasca 2.0 começa no Largo de Camões, em Lisboa, às 16h, estando previstas também vigílias na Praça da República, em Coimbra, e na Praça dos Leões, frente à reitoria da Universidade do Porto.