Da Black Friday ao Natal: as soluções encontradas em ano de pandemia

Descontos de um dia alargados para um mês, trocas até Janeiro e compras online. São algumas das soluções para aproveitar a época forte do comércio durante a pandemia.

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Em ano de pandemia, filas nos corredores das lojas não são opção Reuters/Sarah Silbiger

São os dois meses mais fortes do ano para o comércio e, por isso, as lojas multiplicam os esforços para capitalizar nas vendas da Black Friday e do Natal, numa altura em que se vive em Portugal a segunda vaga da pandemia de covid-19 que veio baralhar as tradições e assustar os comerciantes. Embora um estudo sobre comércio online publicado em Outubro tenha revelado que as marcas não tinham grandes planos para os últimos meses do ano, também encontrou que, de facto, os consumidores querem comprar mais este ano.

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São os dois meses mais fortes do ano para o comércio e, por isso, as lojas multiplicam os esforços para capitalizar nas vendas da Black Friday e do Natal, numa altura em que se vive em Portugal a segunda vaga da pandemia de covid-19 que veio baralhar as tradições e assustar os comerciantes. Embora um estudo sobre comércio online publicado em Outubro tenha revelado que as marcas não tinham grandes planos para os últimos meses do ano, também encontrou que, de facto, os consumidores querem comprar mais este ano.

Enquanto as marcas procuram soluções para uma época festiva fora do habitual, há pelo menos uma certeza: as aglomerações nos corredores das lojas, típicos da Black Friday, não vão ser uma hipótese este ano. Assim sendo, por exemplo, há quem transforme a Black Friday, a 27 de Novembro, num Black Month, alargando as promoções a todo o mês de Novembro com a intenção de diluir a afluência ao longo do tempo.

Também os canais online, que muitos portugueses descobriram durante o período de confinamento, prometem ser uma aposta para permitir compras sem necessidade de ir às lojas físicas. Há, inclusive, quem permita compras através do WhatsApp. Se, por um lado, se vai tentar evitar aglomerados na hora de comprar, por outro, também é preciso fazê-lo quanto à troca dos produtos. Solução? Prolongar o tempo dado aos clientes para o fazer. 

O PÚBLICO compila algumas das hipótese que as lojas vão dar aos consumidores nas compras deste final de ano.

Nesta época festiva, a Avon não se fica pela Black Friday e apresenta uma campanha colorida. Durante todo o mês de Janeiro, a marca vai doar 5% das vendas efectuadas numa selecção de produtos com preços especiais à Liga Portuguesa contra o Cancro da Mama e à Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV). As promoções dividem os produtos por cores, sendo que cada uma tem um significado diferente e é referente a causas sociais como os direitos das mulheres, a luta contra o cancro da mama, o meio ambiente e a questão de saúde pública levantada pela pandemia.

Nas lojas da Ecco Shoes, os descontos são de 30% em toda a colecção de calçado e malas para homem e mulher, até ao dia 30 de Novembro. Este ano, a marca fundada na Dinamarca de calçado confortável, decidiu antecipar a campanha da Black Friday, de maneir a que as compras possam ser feitas de forma ainda mais segura.

​A FNAC prolongou as promoções típicas desta altura. São agora 17 dias de descontos em todos os canais de compra, incluindo lojas físicas, no site, na app e no recém criado serviço Liga e Encomenda . As promoções começam no dia 13 de Novembro, com acesso especial no dia anterior para os clientes aderentes. Quanto à troca, todas as compras feitas nas próximas semanas podem ser trocadas ou devolvidas até 31 de Janeiro do próximo ano.

​A loja de decoração hôma chama à próxima semana (23 a 27 de Novembro) os black days hôma, e os descontos vão até 50% nas lojas físicas. Para evitar correrias às lojas no dia 27, a marca oferece nessa data 20% de desconto em todos os produtos comprados online.

​Na direcção completamente oposta, a Indagatio (do grupo Sonae, tal como o PÚBLICO) decidiu aumentar os preços entre 20 e 30 de Novembro. A marca portuguesa de roupa de actividades de exterior afirma que não quer fazer “parte desse frenesim promocional” e vai aumentar o preço de todos os produtos em dez euros. Mas traz uma contrapartida: “No caso de realmente precisares de comprar algo nosso esta semana, iremos doar esses 10 euros (e outros 10 euros da nossa margem) para organizações que lutam pela protecção ambiental”.

​Já a MO ​(do grupo Sonae, tal como o PÚBLICO) passa a disponibilizar no seu site uma área com informação sobre os horários de menor movimento nas suas lojas, de forma a permitir um melhor planeamento caso se decida por compras presenciais. Ainda assim, também introduz a possibilidade de encomendar por telefone ou WhatsApp, sendo os produtos depois entregues pela equipa de loja ao carro dos clientes ou podendo ser enviados gratuitamente. Trocas até mais tarde também são uma possibilidade, desta feita até 15 de Janeiro de 2021.

​Os descontos, na Natura, fazem-se entre 23 e 29 de Novembro quer nas lojas físicas quer através do site, com reduções de 20% na compra de uma peça e 30% em duas ou mais. Há também itens assinalados com 50% de promoção. Em espécie de preparação, até dia 22 de Novembro, a marca apresenta uma campanha em que na compra de três produtos, o mais barato é oferecido. Já o período de trocas foi estendido até 31 de Janeiro de 2021.

​Já na Salsa (do grupo Sonae, tal como o PÚBLICO), os 20% de desconto em toda a colecção estendem-se de 23 de Novembro a 1 de Dezembro. A marca mantém até à véspera de Natal a atribuição de vouchers aos clientes, cujo valor depende do montante gasto em cada compra. Quanto às trocas, podem ser feitas até 31 de Janeiro de 2021.

É um dos casos que as promoções típicas de um dia vão estar disponíveis durante um mês. Na Sport Zone (do grupo Sonae, tal como o PÚBLICO), a campanha de descontos exclusivamente online arrancou a 2 de Novembro, de forma a “garantir que todos os portugueses podem comprar de forma simples e segura”. Os descontos do mês vão culminar numa campanha específica de Black Friday, embora alargada durante vários dias, não só online, mas também na loja física. A loja desportiva também criou novos serviços como a venda por telefone ou WhatsApp, a recolha de pedidos online ou encomendas sem entrar na loja e a possibilidade de entrega das compras num serviço de drive-in.

Das roupas de criança para as de adulto, a marca Springfield também alargou o período de descontos da Black Friday. Quer nas lojas, quer no site, já há descontos até 50% na colecção Outono / Inverno e vão durar até 29 de Novembro. Quem comprar online pode escolher levantar as compras no balcão de qualquer loja do país gratuitamente. As entregas ao domicílio são grátis em compras acima dos 30 euros. Para evitar corridas na hora de trocar, o prazo foi alargado até 15 de Janeiro de 2021.

Nos livros, a Tinta-da-China aposta também nas compras online. Além dos descontos até 30% e da selecção de um conjunto de livros autografados pelos autores, a editora oferece formas de personalizar as ofertas através de embrulhos natalícios, mensagens personalizadas escritas no livro ou num cartão — ditadas pelo cliente — ou envio directo e gratuito para o destinatário do presente. Para quem quiser, continua a ser possível levantar as encomendas na editora, em Lisboa, e o prazo de trocas foi alargado até 15 de Janeiro.

A partir desta sexta-feira, e até domingo, a marca de roupa infantil Zippy (do grupo Sonae, tal como o PÚBLICO) ​oferece 20% de desconto em todos os produtos comprados quer nas lojas físicas, quer no site. O mesmo desconto está disponível nas compras feitas através da plataforma de entregas Glovo, que permite que os clientes recebam as encomendas em casa no mesmo dia em que compram. É a primeira acção promocional naquele que será um mês de descontos da marca, com os artigos a poderem ser trocados até 15 de Janeiro. Os clientes também podem encomendar via telefone ou WhatsApp, com a possibilidade de levantar os produtos em pontos de recolha sem sair do carro (em parques de estacionamento) ou nos balcões express das lojas.

Notícia actualizada dia 20/11/2020, às 11h56