Há já alguns anos que nos habituámos a ver em Mary Halvorson uma figura desconcertante no meio do jazz contemporâneo. A sua entrada em qualquer palco, como parte dos mais variados colectivos fazedores de linguagens radicais e transgressoras, parece sempre um glitch, uma anomalia, quando nos chega com um compostinho ar de senhora recatada de meados do século passado e a imaginamos encaixar na imagem cliché de professora ou bibliotecária por detrás dos seus óculos, bem arranjada e discreta, acompanhada com frequência de uma mala de senhora, como se fosse sentar-se à mesa para participar num encontro social avulso.
Opinião
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