O Parlamento nunca fechou portas e até trabalhou mais na primeira fase da pandemia
A Assembleia da República montou escudos protectores contra a covid-19 quase desde a primeira hora e, mesmo com muitas restrições e cuidados, conseguiu que o funcionamento e o escrutínio democrático não fossem beliscados.
Na passada terça e quarta-feira, dias de discussão e votação do Orçamento do Estado para 2021, a Assembleia da República (AR) parecia ter voltado aos dias normais. Os corredores encheram-se de gente. As conversas ocupavam cada esquina. As correrias dos jornalistas e os directos para as televisões lembravam os dias antes da chegada da pandemia. Mas não. As caras tapadas com máscaras, os cuidados para manter o distanciamento, as galerias vazias e as muitas cadeiras vagas na sala de sessões provavam que não. O normal ainda não voltou.